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Tribunal da ONU condena membro do Hezbollah por morte de premiê libanês

Ataque em 2005 que matou Rafik Hariri deixou outros 22 mortos e 226 feridos

Por Da Redação Atualizado em 18 ago 2020, 12h34 - Publicado em 18 ago 2020, 12h21
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  • Pessoas seguram bandeiras libanesas em frente ao Tribunal Especial para o Líbano, em Leidschendam, Holanda. 18/08/2020 (Kenzo Tribouillard/AFP)

    Mais de 15 anos depois do assassinato de Rafik Hariri, ex-primeiro-ministro do Líbano, um tribunal especial da ONU anunciou nesta terça-feira, 18, sua decisão sobre o caso. Salim Ayyash, suposto membro do grupo xiita Hezbollah, foi declarado culpado pelo crime em 2005 e outros três acusados foram absolvidos, após seis anos de julgamento. 

    “A câmara de primeira instância declara Ayyash culpado, além de qualquer dúvida razoável, como co-autor do homicídio intencional de Rafik Hariri”, disse David Re, juiz que presidiu o julgamento do Tribunal Especial para o Líbano, sediado na Holanda. Ayyash foi considerado culpado pela realização de um ataque terrorista, conspiração para terrorismo, homicídio doloso com materiais explosivos e tentativa de homicídio.

    Outros três suspeitos, Hassan Habib Merhi, Hussein Oneissi e Assad Sabra, foram declarados inocentes. Todos os os réus foram julgados à revelia. Além de Hariri, o atentado no centro de Beirute deixou outros 21 mortos e 226 feridos. 

    Investigações, no entanto, não encontraram evidências que liguem o Hezbollah e seus líderes ao ataque de 14 de fevereiro de 2005. O Hezbollah nega qualquer envolvimento no ato.

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    Na semana passada, o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse não ter preocupações com o julgamento e que, se qualquer membro do grupo fosse condenado, se posicionaria a favor da inocência. 

    “O Sr. Ayyash teve um papel central na execução do ataque e contribuiu diretamente para isso. O Sr. Ayyash teve intenção de matar o Sr. Hariri e tinha os conhecimentos exigidos sobre as circunstâncias da missão de assassinato, incluindo que explosivos seriam os meios a ser usados”, disse o juiz.

    Segundo a decisão do tribunal, Ayyash possuía “um dos seis celulares usados pela equipe do assassinato”. A linha telefônica nunca mais foi usada após o ataque.

    Hariri governo entre 1992 e 1998 e entre 2000 e 2004 e era aliado de potências ocidentais, sendo visto como uma ameaça às influências do Irã e da Síria no Líbano. A morte de Hariri levou o Líbano ao que seria então sua pior crise desde a guerra, resultando em anos de disputas entre grupos políticos rivais.

    Muçulmano sunita, o premiê foi substituído por xiitas, que se expandiram no poder liderados pelo Hezbollah. Ele é pai do também ex-premiê Saad Hariri.

    O veredicto acontece em meio a outra crise, após a grande explosão no porto Beirute que matou 178 pessoas neste mês. Autoridades afirmam que uma grande quantidade de nitrato de amônio armazenado de forma incorreta foi o motivo da detonação, gerando ampla ira popular e levando à renúncia do governo

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