Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Tribunal americano bloqueia decisão de banir medicamento abortivo

O uso da mifepristona continua permitido no país por enquanto, mas com novas restrições

Por Da Redação
Atualizado em 13 abr 2023, 10h26 - Publicado em 13 abr 2023, 10h26
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Um tribunal de apelações dos Estados Unidos bloqueou temporariamente a decisão de um juiz do Texas de reverter a autorização do mifepristona, uma pílula abortiva amplamente utilizada no país. Pela decisão, o acesso ao medicamento está mantido, mas com algumas restrições.

    No dia 8 de abril, o juiz texano Matthew Kacsmaryk ordenou a retirada do mifepristona do mercado em sete dias, dizendo que a FDA, espécie de Anvisa americana, violou regras federais para acelerar a aprovação do medicamento. A decisão entraria em vigor nesta sexta-feira, 14, mas o Departamento de Justiça e o fabricante do medicamento solicitaram uma suspensão de emergência da decisão.

    + Um passo atrás: as pílulas abortivas estão na mira da Justiça dos EUA

    Agora, com o bloqueio da ordem de Kacsmaryk, o acesso a mifepristona ainda é permitido. Contudo, mulheres terão que ir ao médico para obter autorização para o uso da pílula, que também será limitado às primeiras sete semanas de gravidez, uma redução em relação às 10 semanas anteriores.

    A mifepristona é um dos dois remédios usadas para abortos medicamentosos. Aprovada pela FDA, é permitida no país há mais de 20 anos. Ela efetivamente interrompe a gravidez, enquanto a segunda droga, o misoprostol, esvazia o útero. Atualmente, as pílulas abortivas são o método mais comum de interromper uma gravidez, usado em mais da metade de todos os procedimentos nos Estados Unidos.

    + Juiz federal suspende pílula abortiva nos EUA; governo Biden irá recorrer

    Críticos da decisão do juiz do Texas dizem que ela pode abrir portas para contestações a outros medicamentos aprovados no país e prejudicar o desenvolvimento de medicamentos futuros. Mais de 300 executivos farmacêuticos se opuseram ao juiz, argumentando que a decisão desconsiderava as evidências científicas.

    Continua após a publicidade

    Analistas jurídicos também encontraram problemas nas ordens de Kacsmaryk, que foi nomeado pelo ex-presidente Donald Trump. Segundo eles, a decisão é falha e repleta de conteúdo ideológico, incluindo referências a “humanos não nascidos” no lugar da palavra feto.

    + Sob Biden, EUA permitem venda de pílulas abortivas em farmácias

    A Lei de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos de 1938 dá ao FDA a autoridade para determinar se os medicamentos são seguros e eficazes. Geralmente, tribunais respeitam a agência quando se trata de tomada de decisões científicas e médicas. Em 2016, o órgão aprovou a extensão do uso da mifepristona para até a décima semana de gravidez.

    Ativistas antiaborto se opõem ao medicamento. Para eles, a agência tomou uma decisão com motivação política ao aprovar a mifepristona e não seguiu os protocolos adequados. Especialistas acreditam que esse caso provavelmente só vai ser resolvido na Suprema Corte.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.