O presidente francês, François Hollande, confirmou nesta segunda-feira que a transferência de poderes para o governante eleito, Emmanuel Macron, acontecerá no próximo dia 14 de maio.
“No domingo será a transferência de poderes, dia em que transmitirei o que considero que é essencial. Depois ele se tornará presidente da República”, disse Hollande à televisão pública France 2. O presidente-eleito recebeu 66,06% dos votos no segundo turno da eleição francesa e derrotou a candidata de extrema-direita Marine Le Pen.
A cerimônia de entrega do poder será formal, porém mais simples que a posse de Donald Trump, nos Estados Unidos, que teve um dia inteiro de desfiles e comemorações. Macron irá ao Palácio do Eliseu, sede do governo francês, onde será recebido por seu antecessor para uma breve conversa. Em seguida, Hollande deixará o palácio acompanhado da Guarda Republicana. Ainda no domingo, o presidente eleito deve levar uma coroa de flores ao túmulo do soldado desconhecido, no Arco do Triunfo, e visitar a Prefeitura de Paris.
O gesto que Macron fará no próximo fim de semana, no Arco do Triunfo, será quase uma repetição de um momento que aconteceu nesta segunda-feira. O centrista andou lado a lado com Hollande para deixar flores no monumento parisiense, em cerimônia para relembrar a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Os dois mostraram respeito mútuo, mas não demasiada amizade. Apesar de ter sido ministro das finanças do governo Hollande, o candidato independente evitou se aliar a ele durante a campanha, para evitar ser afetado pela impopularidade do socialista.
Se espera que já na segunda-feira, dia 15 de maio, Macron indique o seu primeiro-ministro, para em seguida formar o gabinete. Com apenas 39 anos, o presidente mais novo da França, e representante do movimento En Marche!, um partido recém formado, o centrista terá trabalho para escolher nomes inovadores, que mantenham suas promessas e que também agradem um Parlamento dividido. “Quero pessoas com experiência no governo, mas que vêm da sociedade civil, que têm legitimidade por suas habilidades e pelo que fizeram, não necessariamente na política”, disse à emissora BFMTV na semana passada.
(Com EFE)