Equipes de resgate retomaram nesta quarta-feira a busca por corpos e destroços do Airbus da Germanwings que caiu nos Alpes franceses na manhã de terça. No total, 150 pessoas, entre passageiros e tripulantes, morreram no desastre. O avião fazia a rota entre Barcelona, na Espanha, e Dusseldorf, na Alemanha. As causas do acidente seguem um mistério, e as autoridades francesas não descartam nenhuma hipótese. Um ataque terrorista, no entanto, é considerado improvável.
Mais de quinhentos bombeiros, policiais e militares vasculham a área da queda em uma operação que pode demorar dias, já que o local é de difícil acesso e os destroços estão pulverizados em um raio de mais de 100 metros na encosta dos alpes. O clima também deve atrapalhar as buscas: nevou durante a noite na região e a previsão é de chuva ao longo do dia. Como não existe acesso por estrada, os socorristas chegam ao local do desastre de helicóptero.
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Além da recuperação dos corpos das vítimas, outro objetivo das equipes é encontrar a segunda caixa-preta do avião, que contém os dados do voo. O dispositivo com as gravações de áudio da cabine de comando foi recuperado na terça-feira. O ministro do Interior francês Bernard Cazeneuve contou que, apesar de danificada, a caixa-preta poderá ser analisada pelos especialistas.
O presidente francês François Hollande, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy devem visitar o local da tragédia nesta quarta para prestar homenagem às vítimas. Autoridades francesas organizaram um grande esquema na pequena Seyne-les-Alpes, a cidade mais próxima de onde caiu o avião, para receber os familiares das vítimas que queiram chegar até o local. Dezenas de quartos foram reservados nos hotéis do vilarejo e cerca de 50 especialistas vão prestar assistência psicológica.
De acordo com os dados disponíveis até agora, o avião transportava 67 alemães, 45 espanhóis, três mexicanos, dois argentinos, dois australianos, dois colombianos, dois japoneses, um turco, um belga e um holandês. A Grã-Bretanha acredita que cidadãos britânicos também estavam a bordo, mas ainda não confirmou quantos.
O executivo-chefe da Germanwings, Thomas Winkelmann, declarou, em coletiva de imprensa, que o avião chegou a uma altitude de 38.000 pés (cerca de 11.500 metros) às 10h45 (horário local), ou 44 minutos após a decolagem de Barcelona rumo a Dusseldorf, e um minuto depois começou uma descida de oito minutos antes de cair. Segundo ele, o piloto do avião tinha mais de dez anos de experiência na empresa e na Lufthansa e o A320 foi entregue à companhia em 1991.
(Da redação)
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