O ex-premiê britânico Tony Blair foi eleito por uma publicação especializada como um dos maiores ícones gays das últimas três décadas, reporta o jornal The Guardian nesta sexta-feira. Além de Blair, os cantores Boy George, Barbra Streisand, e o ator Ian McKellen também fazem parte do ranking elaborado pela revista Gay Times, que há 30 anos defende os direitos de homossexuais.
A revista justificou a inclusão do ex-primeiro-ministro na lista porque seu governo (1997 – 2007) aprovou a união civil homossexual, a lei de crimes homofóbicos e a redução da idade para união consentida – que passou a ser igual para casais heterossexuais, de 16 anos. A Gay Times afirmou que o status de Blair como um “embaixador dos direitos dos homossexuais” era inegável.
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Essa é a segunda vez que a imagem de Tony Blair estampa a capa da revista. Ele já tinha sido o grande destaque na publicação em 1997, quando ainda era o líder da oposição, pouco antes de ser eleito para primeiro-ministro. Ele também escreveu um artigo para a revista em 2005, semanas antes das eleições gerais britânicas daquele ano.
Em comunicado, Blair agradeceu o seu título de ícone gay. “É algo que eu tenho muito orgulho. Considero que é uma parte significativa do meu legado. Criou-se um ambiente muito feio na sociedade contra os gays. Eu estava crescendo na política e não gostava da hipocrisia, onde as pessoas tinham de esconder sua própria identidade. E eu vi a dor que eles tinham em suas próprias vidas, porque não podiam ser quem eles eram”.
O editor da Gay Times, Darren Scott, disse: “Independente de qualquer posição política, fazer o que Blair fez atrairia duras críticas. Ele definitivamente ajudou a abrir caminho para a sociedade LGBT e por isso eu sou muito grato”.
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