Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Testemunhas em Homs: ‘Recolhemos corpos decapitados de crianças’

Cairo, 4 fev (EFE).- A cidade síria de Homs viveu nesta noite ‘uma catástrofe em todo o sentido da palavra’, segundo relataram à Agencia Efe duas testemunhas do bombardeio do regime, que garantiram ter visto entre as vítimas ‘ corpos decapitados de crianças’. Uma dessas testemunhas, Abu Bilal al Homsi, explicou à Efe por telefone […]

Por Da Redação
4 fev 2012, 09h50
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Cairo, 4 fev (EFE).- A cidade síria de Homs viveu nesta noite ‘uma catástrofe em todo o sentido da palavra’, segundo relataram à Agencia Efe duas testemunhas do bombardeio do regime, que garantiram ter visto entre as vítimas ‘ corpos decapitados de crianças’.

    Publicidade

    Uma dessas testemunhas, Abu Bilal al Homsi, explicou à Efe por telefone que ele mesmo ajudou a recolher restos humanos espalhados após a ofensiva do regime, e que entre estes havia ‘corpos decapitados de crianças’.

    Publicidade

    Homsi afirmou que o número de mortos aumenta devido à ausência de tratamento médico adequado por conta das dificuldades no terreno e ‘pelo bloqueio das forças do regime’ sobre a cidade, reduto da rebelião contra o presidente Bashar Al Assad.

    ‘Os números que temos indicam que mais de 260 pessoas morreram e outras 500 ficaram feridas neste massacre’, acrescentou o ativista.

    Publicidade

    Esse mesmo número de vítimas foi apresentado neste sábado pelo Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal organização opositora, que também alertou sobre a possibilidade de que o número cresça em contagens posteriores.

    Continua após a publicidade

    Homsi acrescentou que os bombardeios foram indiscriminados e afetaram edifícios habitados e mesquitas.

    Publicidade

    O ativista revelou que os opositores se infiltraram nas linhas de comunicação militar e souberam, ao escutar as conversas dos oficiais com ‘walkie-talkies’, que os bombardeios com morteiro não cessaram até acabar a munição.

    Outra testemunha, que pediu para ser identificada como Abul Ward al-Masri, confirmou à Efe a existência de corpos de crianças decapitadas, e afirmou que o bairro de Al Jaldiya foi o mais afetado após ser bombardeado ‘de maneira indiscriminada com bombas com estilhaços, projéteis e tanques’.

    Publicidade

    ‘É uma catástrofe em todo o sentido da palavra’, disse Al-Masri, que explicou que os feridos estão recebendo tratamento em seus bairros, atendidos por estudantes de medicina voluntários.

    Continua após a publicidade

    ‘Há ainda alguns corpos soterrados debaixo de casas que foram derrubadas e estamos retirando com nossas próprias mãos por falta do equipamento adequado’, relatou.

    Publicidade

    Por meio da agência oficial ‘Sana’, o regime sírio negou que suas tropas tenham lançado uma ofensiva em Homs na noite passada e atribuiu as informações à ‘escalada dos grupos armados e do conselho de Istambul (em referência ao CNS) em suas tribunas midiáticas para instrumentalizá-la no Conselho de Segurança’.

    Uma fonte oficial anônima citada pela ‘Sana’ alegou que os corpos mostrados pelas redes de televisão são de sequestrados pelos ‘grupos terroristas armados’, que foram assassinados e posteriormente fotografados como vítimas do suposto bombardeio.

    Está previsto que o Conselho de Segurança da ONU vote neste sábado um projeto de resolução de condenação do regime sírio pela violência, embora a Rússia tenha anunciado que exigirá que o texto contenha também uma reprovação aos militares rebeldes do ELS. EFE

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.