Terroristas pretendiam detonar bomba na Sagrada Família
Obra-prima de Gaudí em Barcelona seria alvo do ataque, frustrado pela explosão acidental em Alcanar
Mohammed Houli Chemlal, o suspeito ferido na explosão acidental em uma casa de Alcanar, (200 quilômetros ao sul de Barcelona) na noite anterior aos ataques na capital catalã e em Cambrils, afirmou nesta terça-feira, em audiência no tribunal em Madri, que tinha como objetivo detonar explosivos na Sagrada Família e em outros monumentos em Barcelona, informou o jornal espanhol El Mundo.
De acordo com o veículo, fontes legais presentes durante o interrogatório de Chemlal disseram que ele ratificou informações que havia fornecido à polícia quando foi preso, em quase uma hora e 20 minutos de depoimento. Chemlal confirmou que o grupo de terroristas preparava ataques de “grande alcance” em Barcelona e que a explosão em Alcanar aconteceu quando manipulavam material para fabricação de bombas.
Os atropelamentos em Barcelona e Cambril, que deixaram 15 pessoas mortas na última quinta-feira foram uma alternativa improvisada de seguir com o plano de realizar um ataque depois de o incidente Alcanar frustrar o objetivo inicial de detonar os explosivos na cidade.
Os quatro suspeitos presos acusados de pertencer à célula terrorista responsável pelos foram levados nesta terça-feira ao tribunal para interrogatório. Os outros oito integrantes do grupo morreram, seis deles abatidos pela polícia e dois na de Alcanar onde fabricavam os explosivos.
Os detidos, Driss Oukabir, Mohammed Aallaa, Mohamed Houli Chemlal e Salh El Karib, foram levados em camburões da Guarda Civil escoltados por carros da polícia.
As audiências acontecem a portas fechadas, sem acesso da imprensa. Todos os suspeitos têm o direito de permanecer calados diante das perguntas dos promotores. Depois dos interrogatórios, o juiz deve determinar quais acusações apresentará contra os acusados pelos atentados.