Terrorista morre em tentativa de atentado contra templo faraônico no Egito
Os templos de Karnak são, junto com as pirâmides, as atrações egípcias que mais recebem turistas. A polícia conseguiu deter outros dois suspeitos que planejavam atentado
A explosão de uma bomba nesta quarta-feira em um estacionamento situado perto do templo faraônico de Karnak, na cidade de Luxor, no sul do Egito, causou a morte de pelo menos um terrorista e deixou outros dois feridos, um deles em estado grave. Uma fonte de segurança informou à rede BBC que nenhum turista ou agente da polícia ficou ferido no ataque, o primeiro ocorrido na região turística nos últimos anos.
A morte do terrorista ocorreu enquanto ele tentava instalar a bomba no local. Os outros dois homens tentaram atacar os policiais na sequência, mas os agentes reagiram a tempo e conseguiram feri-los. No entanto, uma fonte do Ministério do Interior do Egito, citada pela agência oficial Mena, afirmou que a polícia teria frustrado uma tentativa de ataque a um ônibus turístico e entrou em confronto com os terroristas. De acordo com essa versão, um dos homens detonou a carga explosiva que levava, tentando um ataque suicida, enquanto o segundo foi morto a tiros.
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O ministro de Antiguidades do Egito, Mamduh al Damati, disse que o ataque ocorreu fora do templo de Karnak. Damati explicou que a polícia conseguiu impedir os terroristas antes que eles se aproximassem do centro turístico, que fica próximo ao complexo faraônico. E também mandou reforçar as medidas de segurança em todos os sítios arqueológicos do país. O atentado fracassado é o primeiro cometido perto de um templo em Luxor desde o início de uma onda de ataques terroristas no Egito há dois anos. Os alvos têm sido, principalmente, as forças de segurança.
Na década de 1990, o grupo Gamaa al Islamiya promoveu vários atentados contra turistas, o mais grave deles no templo de Hatshepsut, em 1997, que provocou a morte de 60 estrangeiros, a maior parte deles suíços e japoneses. Os ataques dos últimos dois anos não tinham tido até então alvos turísticos, apesar de um incidente ter sido registrado perto das Pirâmides de Guiza, no oeste do Cairo, há uma semana. Dois policiais, que estavam de serviço em um posto de segurança da região, morreram por disparos de desconhecidos.
Os templos de Karnak, que constituíam o complexo religioso mais importante do antigo Egito, foram construídos há quase 4.000 anos, durante os governos dos faraós Amenhotep I e Ramsés II. Esse complexo, junto com as ruínas do templo de Luxor e a necrópoles de Tebas, foram declarados como patrimônio da humanidade pela Unesco em 1979. Junto com as pirâmides, o sítio arqueológico de Karnak é uma das atrações egípcias mais visitada pelos turistas.
(Da redação)