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Terremoto de magnitude 3 atinge o nordeste da Coreia do Norte

Coreia do Sul e ONU descartam, a princípio, relação entre sismos e testes nucleares. Centro de estudos chinês vê semelhança com terremoto causado por teste

Por Da Redação
Atualizado em 23 set 2017, 10h25 - Publicado em 23 set 2017, 08h20
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  • Um terremoto de magnitude 3 na escala Richter atingiu, neste sábado, a região nordeste da Coreia do Norte, segundo informações da agência meteorológica da Coreia do Sul. O tremor, que aconteceu às 16h09 no horário local (4h29 de Brasília), foi detectado no condado de Kilju, onde está localizada a base nuclear norte-coreana.

    A agência estatal chinesa Xinhua anunciou que o Centro Nacional de Terremotos da China (CENC) detectou o sismo, registrado na altura da superfície terrestre, e afirmou que ele tem características similares ao registrado no último dia 3 de setembro, data do último teste nuclear do regime liderado por Kim Jong-un. O último lançamento de míssil da Coreia do Norte gerou um terremoto de 6,3 graus na escala Richter.

    A a agência sul-coreana e a Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBTO), ligada à ONU, descartaram preliminarmente, no entanto, que a atividade sísmica detectada na Coreia do Norte tenha sido provocada por um teste nuclear.

    O secretário-executivo da CTBTO, Lassina Zerbo, afirmou que o órgão detectou “dois eventos sísmicos”, o segundo de menor potência, e que é “improvável que tenham sido gerados pelo homem”. No entanto, ele destacou que as análises são preliminares. Um porta-voz da CTBTO também indicou que os primeiros indícios apontam para uma origem natural do terremoto, mas também pediu cautela porque mais dados precisam ser analisados.

     

    O terremoto ocorre depois de o ditador norte-coreano ter feito, nesta sexta-feira, novos alertas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O líder da Coréia do Norte afirmou que Trump pagaria muito caro pelo “excêntrico” discurso na ONU, no qual o republicano ameaçou “destruir totalmente” o país asiático.

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    Pouco depois, o ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, declarou em Nova York, onde está para participar da Assembleia-Geral da ONU, que a resposta à qual Kim se referia poderia ser o teste de uma bomba nuclear no Oceano Pacífico.

    Os contínuos testes de mísseis do regime de Pyongyang já geraram dois novos pacotes de sanções do Conselho de Segurança da ONU que, junto da retórica belicista de Trump, elevaram nos últimos meses o ambiente de tensão na península coreana.

    Na manhã deste sábado, o Ministério de Comércio da China anunciou que limitará o fornecimento de petróleo à Coreia do Norte a partir de 1º de outubro, seguindo as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU, para pressionar Kim a interromper seus programas de desenvolvimento de armas nucleares e de mísseis.

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    A China é o principal parceiro comercial da Coreia do Norte e o maior aliado político do ditador, mas, nos últimos meses, aceitou a aprovação de duras sanções contra o país.

    (com Agência EFE)

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