Temendo invasores, Israel reforça fronteira com Egito
Revolta poderia causar entrada de terroristas, além de beduínos e imigrantes
Israel reforçou sua fronteira com o Egito por causa do temor de que a situação de revolta popular que vive o país vizinho possa levar à entrada de terroristas, além de beduínos e imigrantes africanos em busca de asilo. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo jornal Ha’aretz, que informa que tropas do Exército e agentes da Polícia de Fronteiras israelenses foram distribuídos ao longo da divisa com o Egito, que tem 250 quilômetros de extensão.
Além de evitar que terroristas possam aproveitar a situação de caos no Egito para conseguir passar para o território israelense, o país também acredita que grupos de beduínos residentes na Península do Sinai possam sair do Egito para se infiltrar em Israel, somando-se aos imigrantes de países africanos que nos últimos anos conseguiram entrar de forma ilegal no estado judeu.
A imprensa local informa ainda que Israel aprovou também o destacamento de tropas egípcias no Sinai – uma zona que, segundo o acordo de paz assinado pelos dois países em 1979, deveria permanecer desmilitarizada. A região teria cerca de 800 soldados egípcios com a missão de lidar com eventuais distúrbios protagonizados por beduínos.
No fim de semana, doze pessoas morreram em tiroteios entre beduínos e forças de segurança egípcias nessa península, perto da fronteira do Egito com a Faixa de Gaza, informaram órgãos de imprensa israelenses e palestinos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, indicou na última segunda-feira que nenhum dos dois países está interessado em retornar ao passado e que a política de Israel é preservar a paz com seu vizinho árabe.
(Com agência EFE)