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Suspeito de ataque a tiros no Maine, nos EUA, é encontrado morto

Atentado em dois estabelecimentos da cidade de Lewiston deixou 18 mortos e 14 feridos

Por Da Redação Atualizado em 27 out 2023, 22h35 - Publicado em 27 out 2023, 22h28

O homem suspeito do ataque a tiros que fez 18 vítimas fatais e deixou 13 feridos no estado do Maine, nos Estados Unidos, foi encontrado morto nesta sexta-feira, afirmaram autoridades à imprensa americana. O reservista do exército Robert Card, 40 anos, perpetrou dois ataques com o uso de um rifle em um bar e uma pista de boliche da cidade de Lewiston na quarta-feira.

A caça a Card foi parcialmente transmitida ao vivo pela TV na noite de quinta-feira 27, quando autoridades executaram mandados de busca na cidade natal do suspeito. A polícia e agentes do FBI cercaram uma casa de propriedade da família do autor dos crimes, que fica na vizinha Bowdoin, por mais de duas horas, mas não havia ninguém lá dentro.

Card era sargento de uma base de reserva do exército americano, onde ingressou em 2002, próxima ao local do ataque. Segundo as autoridades de Lewiston, ele foi internado temporariamente em uma clínica de saúde mental neste ano. Segundo Mike Sauschuck, comissário de segurança pública do Maine, o suspeito relatou ter ouvido “vozes em sua cabeça” e já havia ameaçado atirar em uma base da guarda nacional em Saco, outra cidade do estado.

Uma conta que se acredita ser sua no X, anteriormente conhecido como Twitter, foi suspensa, mas capturas de tela mostram que ele distribuiu curtidas e fez retuítes elogiando figuras da extrema direita.

Na noite do tiroteio, o rasto de Card levou à cidade Lisboa, a cerca de 11 km de Lewiston, onde a polícia do estado do Maine encontrou uma SUV branca que acredita ter sido usada por ele para fugir. O carro estava estacionado próximo a um porto para barcos pequenos no rio. Segundo registros públicos, o suspeito possui três registros de embarcações: dois jet-skis e uma lancha.

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No Maine, onde as regulações para armas de fogo são flexíveis, aproximadamente metade de todos os adultos têm armas em casa, de acordo com um levantamento feito em 2020 pela empresa de pesquisas Rand Corporation. O estado americano não exige licenças para compra ou porte e não possui leis conhecidas como “bandeira vermelha”, que dificulta o acesso a pessoas consideradas perigosas pelas autoridades.

O deputado federal Jared Golden, um democrata de Lewiston, afirmou em entrevista coletiva que mudou de ideia sobre a proibição de rifles de assalto, à qual era contrário, como resultado da tragédia.

“Apelo agora ao Congresso dos Estados Unidos para proibir rifles de assalto, como o usado pelo autor deste assassinato em massa na minha cidade natal”, disse Golden.

O Congresso, porém, não consegue chegar a um consenso para aprovar leis de controle de armas, mesmo depois de tragédias anteriores, como o massacre de 2012 na escola primária Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, onde 20 alunos e seis adultos foram mortos a tiros.

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Janet Mills, a governadora do Maine, do Partido Democrata, disse que os americanos estavam começando a apenas aceitar os assassinatos.

Também nesta sexta-feira, as vítimas começaram a ser identificadas. Um mecânico aposentado, Bob Violette, 76, foi morto durante o ataque à pista de boliche, “tentando proteger as crianças pelas quais era responsável”, de acordo com um comunicado da família divulgado ao jornal americano Portland Press Herald.

Tricia Asselin, 53, foi baleada enquanto tentava ligar para a polícia do balcão da pista de boliche, afirmou seu irmão, DJ Johnson, à emissora americana CNN. “Ela não fugiu. Estava tentando ajudar”, disse ele.

O incidente, que na noite de quarta-feira 25, foi o 565º tiroteio em massa nos Estados Unidos neste ano, segundo o banco de dados do Gun Violence Archive. O órgão define um tiroteio em massa como os eventos em que pelo menos quatro vítimas são feridas ou mortas a tiros, excluindo o atirador.

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