Quatro pessoas tiveram as prisões preventivas decretas neste domingo, 11, acusadas de participarem de um suposto esquema de corrupção e de tráfico de influência envolvendo o Parlamento Europeu e o Catar, país-sede da Copa do Mundo de 2022. O Ministério Público Federal Belga, responsável pela operação, não divulgou o nome dos suspeitos, mas fontes da agência de notícias France-Presse (AFP), afirmam que uma das pessoas presas é a vice-presidente grega do Parlamento Europeu, Eva Kaili.
Na última sexta-feira, 9, quando os suspeitos foram detidos, a polícia belga encontrou sacos de dinheiro que somavam cerca de 600 mil euros em espécie (3,3 milhões de reais) em um dos endereços de Kaili. Por ser suspeita de um crime em flagrante, a eurodeputada não pode se beneficiar de sua imunidade parlamentar. No sábado, 10, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, decidiu suspender o cargo e os poderes de Eva Kaili, incluindo sua representação na região do Oriente Médio.
As quatro pessoas que tiveram as prisões preventivas decretadas são alvos de uma investigação de tráfico de influência realizada há alguns meses pelos procuradores belgas e que foi deflagrada durante a Copa do Mundo. A suspeita é que o Catar tenha usado de pagamentos em dinheiro para influenciar decisões econômicas e políticas do Parlamento Europeu, sobretudo nos campos de óleo e gás, uma vez que o país é o importante produtor dessas mercadorias.