O general Qassem Soleimani, assassinado pelos Estados Unidos na última quinta (2), esteve por trás dos atentados à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em Buenos Aires, no dia 18 de julho de 1994.
O ato terrorista foi provocado por uma van carregada com 400 quilos de explosivos, deixando 85 mortos e 300 feridos. Esse foi o mais sangrento atentado da história argentina. Dois anos antes, outro atentado destruiu o prédio da embaixada de Israel em Buenos Aires.
O envolvimento de Soleimani foi lembrado por políticos e jornais de Israel nesta sexta (3).
“Parabenizo o presidente Donald Trump e todo o Oriente Médio pela ação que matou Soleimani”, disse Yair Lapid, líder do partido de oposição israelense Azul e Branco.
“Ele planejou e liderou ataques terroristas mortais de Damasco a Buenos Aires e é responsável pelo assassinato de milhares de civis inocentes. Ele teve exatamente o que merecia”, completou.
A ordem para a ação partiu do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, durante uma reunião realizada em agosto de 1993.
Coube a Soleimani organizar a ação ao longo dos 11 meses seguintes.
Ao todo, participaram doze extremistas com vínculos com o Hezbollah, grupo islâmico que é um braço armado do governo iraniano no Líbano.