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Suécia não extraditará Assange se existir ameaça de morte

O australiano teme que, ao ser julgado nos EUA, seja condenado à pena capital

Por Da Redação
21 ago 2012, 08h56

A Justiça sueca não extraditará o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, aos Estados Unidos se houver qualquer possibilidade de o ativista australiano ser condenado à pena de morte por revelar segredos de estado. “Nunca entregaremos uma pessoa que estiver ameaçada de pena de morte”, afirma Cecilia Riddselius, vice-diretora de assuntos penais e cooperação internacional do Ministério da Justiça sueca em declarações ao diário alemão Frankfurter Rundschau.

Entenda o caso

  1. • Julian Assange é acusado de agressão sexual por duas mulheres da Suécia, mas nega os crimes, diz que as relações foram consensuais e que é vítima de perseguição.
  2. • Ele foi detido em 7 de dezembro de 2010, pouco depois que o site Wikileaks, do qual é o proprietário, divulgou milhares de documentos confidenciais da diplomacia americana que revelam métodos e práticas questionáveis de muitos governos – causando constrangimentos aos EUA.
  3. • O australiano estava em prisão domiciliar na Grã-Bretanha, até que em maio de 2012 a Justiça determinou sua extradição à Suécia; desde então, ele busca meios jurídicos para ter o caso reavaliado, com medo de que Estocolmo o envie aos EUA.

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Antes de decidir sobre a possibilidade de Assange ser extraditado aos Estados Unidos, este país deveria garantir à Suécia que o prisioneiro não seria executado em nenhum caso, avalia a alta funcionária da Justiça sueca. Além disso, Riddselius ressalta que a Justiça americana até agora não deu nenhum passo junto à Suécia para solicitar formalmente a extradição de Assange, assim como também não o fez perante as autoridades britânicas.

Assange é reclamado pela Justiça da Suécia devido às denúncias de duas mulheres por agressões sexuais, as quais ele negou reiteradamente. O fundador do site WikiLeaks, de 41 anos, está abrigado na embaixada equatoriana em Londres desde 19 de junho, quando pediu proteção ao presidente Rafael Correa, cujo governo finalmente lhe concedeu asilo diplomático na quinta-feira passada.

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Possível invasão – Correa disse na segunda-feira, em entrevista à televisão do seu país, que uma eventual invasão da embaixada do Equador em Londres seria um “suicídio”, pois abriria um precedente com consequências imprevisíveis para todas as representações diplomáticas da Grã-Bretanha pelo mundo. A imprensa britânica reforçou nesta manhã que o impasse diplomático criado pelo asilo político concedido ao fundador do Wikileaks está longe de estar resolvido.

O presidente do Equador reclamou ainda que os diplomatas britânicos ainda não tinham pedido desculpas ou retirado a ameaça de invadir a embaixada em Londres, e que “o perigo ainda existe”. “Estamos à espera de apoio, pois isso viola todas as leis entre os estados americanos, todas as leis internacionais, a Convenção de Viena e todas as tradições diplomáticas de há pelo menos 300 anos”.

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Ameaça virtual – O Ministério da Justiça britânico confirmou nesta terça-feira que seu site sofreu “algumas alterações”, mas não responsabilizou nenhuma organização por esses problemas. Um porta-voz da pasta disse hoje que seu site “é um lugar público, que não recolhe informações sensíveis”, e precisou que nenhum outro sistema do Ministério da Justiça foi afetado.

O grupo Anonymous, por sua vez, assumiu que atacou o site oficial do Ministério como forma de demonstrar seu apoio ao fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, que há dois meses está abrigado na embaixada equatoriana em Londres. De acordo com os hackers, a ameaça ao WikiLeaks também é uma ameaça à “liberdade de expressão e à saúde de toda a nossa sociedade”.

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(Com agência EFE)

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