Um homem armado com uma faca foi morto por militares após atacar três soldados nesta sexta-feira no centro de Bruxelas, na Bélgica. Segundo o Ministério Público belga, a ação está sendo tratada como ato terrorista.
O agressor avançou contra os policiais aos gritos de “Allahu Akbar” (Alá é grande, em português). O homem, um belga de 30 anos de origem somali, morreu após ser levado ao hospital. Os soldados não sofreram ferimentos graves no ataque; um teve um ferimento facial e outro feriu a mão.
A polícia montou um amplo esquema de segurança em torno do local do crime e informou que a situação está “sob controle”. O ataque ocorreu por volta das 20h15 do horário local (15h15 em Brasília), perto da zona central de pedestres da cidade, enquanto os soldados estavam em patrulha.
O caso foi transferido de procuradores locais para procuradores federais, que tipicamente lidam com casos de terrorismo. Uma porta-voz da Procuradoria disse que o caso está sendo tratado como uma tentativa de assassinato terrorista. Contudo, segundo os investigadores, o agressor não era conhecido das autoridades por atividades extremistas.
O prefeito de Bruxelas, Philip Close, disse que o nível de alerta da cidade, atualmente fixado em somente um abaixo do nível máximo, não foi aumentado. “Indícios iniciais são… de que este é um ataque isolado, uma única pessoa”, disse Close a repórteres ao lado de uma rua bloqueada pela polícia.
Soldados patrulham rotineiramente as ruas da capital belga por conta de um nível de alerta de segurança aumentado após ataques islâmicos a tiros e bombas em Paris, em 2015, e em Bruxelas, em 2016. Em junho, tropas mataram a tiros um possível homem-bomba na estação central de trens de Bruxelas. Não houve outras mortes. Autoridades trataram o incidente como uma tentativa de ataque terrorista.