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Sobrevivente de desastre aéreo nos Andes dará palestra aos parentes de mineiros

Ele viveu situação semelhante à dos chilenos, ao passar fome e frio, há 38 anos

Por Da Redação
25 ago 2010, 21h08
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  • Um dos sobreviventes do acidente aéreo dos Andes, em 1972, que tiveram de suportar a fome e o frio na Cordilheira, irá à cidade chilena de Copiapó, na semana que vem. Ele vai dar uma palestra aos familiares dos mineiros presos em uma jazida desde 5 de agosto.

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    “A ideia é conversar e dar força aos familiares dos mineiros. Imagino que vai ser diferente das palestras que dou habitualmente. Será mais informal, respondendo às perguntas e contando um pouco da nossa história”, disse o uruguaio Carlos Páez Rodríguez à AFP.

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    Páez estava entre os 45 passageiros do avião que caiu em 13 de outubro de 1972, na Cordilheira dos Andes. Doze pessoas morreram devido à queda e os sobreviventes tiveram de suportar a fome e o frio da região. Depois de 72 dias isolados, nos quais se alimentaram de seus companheiros mortos para continuar vivendo, dois dos jovens conseguiram cruzar a pé as montanhas até o Chile e alertar sobre os outros sobreviventes.

    Para Páez, que viajará como convidado por uma empresa chilena, “há algo em comum entre o acidente nos Andes e a situação dos mineiros. Mas há também muitas diferenças”. Um ponto semelhante é que “é necessário suportar a espera”. Já a diferença mais importante é que “os mineiros sabem que o mundo os está procurando, têm contato com a civilização”, explicou. “O grande inimigo neste caso é o tédio. Até em uma situação tão trágica você fica entediado. O tempo passa, as horas passam, não tinha absolutamente nada para fazer”, lembrou Páez, 38 anos depois do acidente. “Quanto mais puderem manter a mente ocupada, melhor”.

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    Ele destacou, no entanto, que os mineiros “vão receber ajuda do exterior”. “Nós lutávamos contra o tempo, buscando uma forma de sair dali, porque o mundo inteiro tinha se esquecido de nós”. Páez ressaltou que ainda assim, a situação das famílias chilenas é muito difícil. “Deve ser muito duro para eles, porque não estão certos de que nenhum outro deslizamento vai ocorrer”, disse. “Em quatro meses enterrados, até que o resgate seja feito, tudo pode acontecer”.

    (Com Agência France-Presse)

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