Pelo menos 52 pessoas morreram e até 62 ficaram feridas na libertação dos reféns retidos por um grupo de homens armados em uma igreja no centro de Bagdá, informaram fontes policiais iraquianas. As mortes teriam acontecido durante enfrentamentos entre agentes da polícia antiterrorista e os insurgentes, que invadiram no domingo à noite a igreja de Sayida An Nayá (Senhora do Socorro, em árabe), onde se encontravam cerca de 100 pessoas que participariam de uma missa.
O ministro da Defesa iraquiana, Abdel Kader Mohammed Jassim, afirmou à imprensa que a libertação dos reféns, que durou duas horas, ocorreu “com sucesso”. Jassim disse que os homens pediam a libertação de alguns presos no Iraque e Egito, e acrescentou que alguns dos agressores não eram iraquianos. Entre os mortos estão os cinco homens armados que realizaram o ataque, sete policiais e outras 40 pessoas, entre elas reféns e civis. O número de mortos pode aumentar, pois alguns dos feridos estão em estado grave.
Autoria – O grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque, um conglomerado de grupos armados dirigido pela Al Qaeda, assumiu a autoria do atentado. Em comunicado divulgado no domingo, a rede terrorista afirmou que tinha realizado a ação para exigir a libertação “das muçulmanas detidas nas prisões dos cristãos do Egito”. As exigências parecem estar relacionadas com uma recente polêmica suscitada no Egito pela suposta conversão, mais tarde desmentida, de uma cristã ao islã, identificada como Camélia Shahata.
Camélia se refugiou ou foi detida em um mosteiro, segundo diferentes versões, o que causou protestos da majoritária comunidade muçulmana no país, que exige que ela seja liberada pela Igreja. Segundo o comunicado do Estado Islâmico, no ataque morreram mais de trinta “infiéis”, em referência às vítimas cristãs.
(Com Agência EFE)