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Sob críticas, pré-acordo da COP28 não propõe eliminar combustíveis fósseis

Deliberação inicial apenas trata da 'redução do consumo e da produção' da energia poluente, sem falar em 'eliminação gradual', como era esperado

Por Da Redação
11 dez 2023, 17h42
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  • O texto preliminar do acordo da COP28, divulgado nesta segunda-feira, 11, não demanda a eliminação gradual da produção de combustíveis fósseis, abrindo espaço para uma chuva de críticas de cientistas, políticos e representantes de parte dos países presentes na cúpula climática das Nações Unidas. Ao contrário das cobranças da União Europeia, que instava determinações mais duras, a deliberação inicial apenas trata da “redução do consumo e da produção de combustíveis fósseis, de forma justa, ordenada e equitativa”.

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    “Não é suficiente [a Presidência da COP28] dizer que reconhece e respeita a ciência, mas depois deixar de prestar atenção aos seus terríveis avisos na ação coletiva com a qual se compromete”, disse a presidente do grupo de ex-políticos globais, os Anciãos, Mary Robinson.

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    “Não é suficiente usar uma linguagem fraca ou para permitir lacunas para a indústria dos combustíveis fósseis continuar a contribuir para o problema que os países devem estar empenhados em resolver aqui em Dubai. Esta versão atual do texto da COP28 é manifestamente insuficiente”, acrescentou.

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    As críticas

    A prévia foi criticada por representantes de importantes grupos ativistas, como World Resources Institute, Oil Change International e Third World Network. No campo dos políticos, o ministro das Finanças de Tuvalu, Seve Paeniu, e a ministra do Ambiente de Espanha e co-líder da delegação da União Europeia, Teresa Ribera, também rechaçaram as orientações.

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    “Acreditamos que há elementos no texto que são totalmente inaceitáveis. Vamos lutar [pela meta] de manter o aquecimento global limitado a 1,5ºC [acima dos níveis pré-industriais]”, afirmou Ribera. “O texto atual fornece alguma referência à ciência, alguma referência ao 1,5°C, mas não é consistente com o tratamento da energia.”

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    Teme-se também que países como a Arábia Saudita, que é contrária ao cerco aos combustíveis fósseis, utilize das últimas horas do encontro para enfraquecer ainda mais o texto.

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    Por outro lado, se o documento sobreviver à pressão, seria a primeira vez que os países seriam instigados, no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, a restringir as produções de combustíveis fósseis.

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    As propostas da Cop28

    Após 10 dias de profundos desacordos entre os 190 países integrantes da COP28, o documento disponibilizado pela presidência da cúpula insta os Estados a incentivar a energia renovável, reduzir os investimentos em combustíveis fosseis e em tecnologias limpas. Veja, abaixo, o conjunto de medidas propostas:

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    O documento faz referência a pareceres científicos. Acredita-se que parte dos países tomará como ponto de referência o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), que inclui os principais cientistas climáticos do mundo.

    O organismo defende que só pode haver um pequeno espaço para combustíveis fosseis, caso o plano seja atingir emissões líquidas zero e limitar o aquecimento global a 1,5°C até 2050. 

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