Só a vitória da Ucrânia pode proteger valores europeus, diz Zelensky
Em discurso ao Parlamento Europeu, presidente ucraniano agradeceu pelo apoio na guerra contra a Rússia e proclamou que seu país fará parte da UE
![Ukraine's president Volodymyr Zelensky delivers a speech at the start of a summit at EU parliament in Brussels, on February 9, 2023. f - Ukraine's President is set to attend an EU summit in Brussels on February 9, 2023, as the guest of honour where he will press allies to deliver fighter jets "as soon as possible" in the war against Russia. (Photo by Kenzo TRIBOUILLARD / AFP](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/02/000_338V32L.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta quinta-feira, 9, em discurso ao Parlamento Europeu, que somente a vitória ucraniana na guerra contra a Rússia “garantirá os valores europeus”. O líder de Kiev proclamou, ainda, que seu país se juntará à União Europeia após derrotar a “maior força antieuropeia do mundo moderno”, referindo-se a Moscou.
Zelensky agradeceu aos cidadãos de “todas as cidades e vilas” da Europa pelo apoio dado aos ucranianos ao longo da invasão russa. Mais tarde nesta quinta-feira, ele deve participar de uma cúpula de líderes do bloco para pedir mais armas ofensivas.
Tendo conquistado o envio de tanques de batalha produzidos na Alemanha e Estados Unidos na última semana, as autoridades ucranianas agora estão focadas em tentar garantir o fornecimento aviões militares a jato e mísseis de longo alcance.
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Na quarta-feira 8, o presidente da Ucrânia fez um apelo poderoso no Parlamento britânico pela preciosa ajuda bélica. No entanto, Zelensky não mencionou a demanda por jatos em seu discurso aos eurodepudados. Suas palavras pareciam menos voltadas a pressionar os políticos do que a garantir o apoio dos cidadãos comuns do bloco.
“Gostaria de agradecer a todos vocês que têm ajudado o nosso povo, os nossos cidadãos comuns, os nossos refugiados aqui que apelaram aos seus líderes para aumentar e reforçar o seu apoio”, disse. “Estamos nos defendendo no campo de batalha, nós ucranianos, junto com vocês”, acrescentou, afirmando que seu país luta contra a “maior força antieuropeia do mundo moderno”.
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Zelensky também proclamou que a Ucrânia “se juntará à União Europeia”. A nação solicitou adesão ao bloco logo após a invasão da Rússia e, em junho, recebeu formalmente o status de candidata.
Após o discurso do líder ucraniano, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que “continuará os esforços” para entregar armas a Kiev, acrescentando que Paris está determinada a ajudar a levar a Ucrânia em direção à “vitória, paz e Europa”.
“A Rússia não pode e não deve vencer”, disse Macron, acrescentando que “o futuro da Europa” está em jogo na Ucrânia.
Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que estava claro que Moscou não venceria e garantiu à Ucrânia que seu futuro está na União Europeia, dizendo que a Ucrânia já faz parte da “família europeia”.
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“Putin não alcançará seus objetivos – nem no campo de batalha e nem por meio de uma paz ditada”, afirmou.
Embora as palavras dos líderes pareçam encorajadoras, ainda não há indício de que a Ucrânia possa se juntar à União Europeia. Sua seleção é criteriosa, e ainda há diversos aspectos-padrão, como índices de corrupção e transparência, em que Kiev ainda não se encaixa.