Pelo menos 15 pessoas morreram na noite de terça-feira em um suposto ataque de mísseis israelenses contra armazéns e plataformas de mísseis pertencentes à Guarda Revolucionária Iraniana, localizados ao sudoeste de Damasco, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Entre os mortos há oito iranianos, indicou a ONG, que não precisou a nacionalidade do resto das vítimas, nem o número de feridos.
A agência oficial síria Sana, afirmou que as defesas antiaéreas sírias destruíram dois mísseis lançados por Israel na região de Al Kasua, nos arredores de Damasco. A agência, no entanto, confirmou apenas que um homem e uma mulher ficaram feridos como consequência da explosão causada pela intercepção dos mísseis.
A Sana liga o ataque a um suposto apoio de Israel a grupos terroristas. O governo sírio classifica como grupo terrorista qualquer organização propensa a uma mudança de regime no país, sem fazer distinções entre as facções opositoras, islamitas radicais ou grupos como o Estado Islâmico.
Israel realizou vários ataques contra bases iranianas na Síria, entre eles o bombardeio do aeroporto militar T4, em Homs, no início de abril, embora as autoridades de Tel Aviv não costumem reconhecer sua participação nestas ações.
As autoridades sírias e iranianas também não reconheceram ter sofrido baixas nos últimos ataques supostamente realizados por Israel.
Na terça-feira, o Exército israelense anunciou que o país se encontra em “alerta máximo” pela possibilidade de acontecer um ataque iraniano contra as Colinas de Golã, território sírio ocupado e anexado por Israel em 1981.