Os separatistas radicais da Catalunha, reunidos sob a sigla CUP (Candidaturas de Unidade Popular), decidiram neste domingo que vão disputar as eleições regionais de 21 de dezembro com uma lista própria, “independentista e de esquerda”.
Esse grupo antissistema, que contava com dez deputados no Parlamento catalão, apoiou o governo regional destituído em todas as propostas em favor da independência que foram apresentadas através da coalizão Junts pel Si (Jxsí).
A CUP realizou uma assembleia, na qual 64% dos presentes optaram por apresentar uma lista própria, diante de outras alternativas como uma candidatura popular sem políticos, uma lista mais ampla com outros partidos de esquerda e até a opção de não disputar o pleito.
Os deputados da CUP apoiaram no Parlamento catalão a aprovação da lei de referendo, da lei de transitoriedade, para dar início à república catalã, e da declaração de independência, todas elas canceladas pelo Tribunal Constitucional da Espanha.
Por essas iniciativas, voltadas para conseguir a independência, o governo espanhol tomou uma série de medidas para evitar a secessão, entre elas a destituição do Executivo catalão, a dissolução de seu parlamento e a convocação de eleições regionais.
Nos últimos dias, foi cogitada a possibilidade de todos os partidos e políticos favoráveis à independência concorrerem em uma só legenda, como propõe o ex-presidente catalão Carles Puigdemont, que está em Bruxelas e é considerado foragido pela Justiça espanhola.
No último dia 10, os dirigentes da CUP Benet Salellas e Anna Gabriel se reuniram com Puigdemont na capital belga, onde lhe transferiram o apoio de seu partido diante da “repressão democrática que vive a Catalunha” e da “dissolução de um Parlamento democrático”.