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Secretário de Defesa dos EUA ouve tiroteio de quarto de hotel no Rio

General James Mattis se hospedou no Leme, bairro próximo às favelas Chapéu Mangueira e Babilônia, e diz ter 'ficado triste' com os tiros

Por Da Redação
Atualizado em 14 ago 2018, 20h22 - Publicado em 14 ago 2018, 20h03
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  • O secretário de Defesa dos Estados Unidos, general James Mattis, teve seu dia de carioca ao ser exposto à violência do Rio de Janeiro nesta terça-feira (14). Em conversa com jornalistas, ele relatou ter escutado tiroteio próximo ao hotel em que estava hospedado, no Leme, durante a noite.

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    O chefe do Pentágono admitiu ter ficado preocupado. “Lembrem-se de que, quando se ouve um desses tiros, a vida de alguém pode estar mudando”, afirmou ele, durante o voo do Rio de Janeiro a Buenos Aires, onde dará continuidade a seu primeiro périplo pela América do Sul desde que assumiu a função, em janeiro de 2017. “Eu não acho graça disso. Sinceramente, eu fiquei triste em ouvir os tiros.”

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    Mattis estava hospedado em um hotel no Leme, bairro próximo das favelas Chapéu Mangueira e Babilônia. Em geral, o alojamento de autoridades americanas é precedido por exames com altíssimo critério de segurança. No Rio de Janeiro, entretanto, tornou-se difícil encontrar um local totalmente imune à violência gerada pelos grupos de narcotráfico e pelos choques deles com a polícia.

    Diplomático, o general Mattis mencionou que algumas partes dos Estados Unidos também sofrem com a violência armada. “Isso é o que acontece quando não mantemos, como eu diria, um policiamento consensual, no qual toda a comunidade ajuda a polícia e é capaz de manter os fora-da-lei no braço”, disse.

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    Em palestra nesta terça-feira na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro, Mattis encorajou os oficiais brasileiros a continuar a tradição militar de trabalhar com os Estados Unidos e lembrou, particularmente, a aliança entre os dois países durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) no combate ao Eixo.

    Ele enfatizou o interesse americano em uma parceria com o Brasil na área espacial – em especial, no uso comercial da base de lançamento de foguetes em Alcântara, no Maranhão. Nos anos 1990, o Brasil chegou a firmar um acordo com os Estados Unidos neste sentido, mas o compromisso não foi aprovado pelo Congresso brasileiro.

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    Brasil e Estados Unidos assinaram no mês passado um acordo de cooperação espacial que envolve o uso da base de Alcântara. Mas interesse americano pelo local não se deve apenas às facilidades para o lançamento de satélites e mini-satélites. A China atualmente opera um centro espacial na Patagônia argentina, e o avanço sobre a América Sul nessa área é um dado tão preocupante para o general americano quando os tiros ouvidos no Rio de Janeiro.

    Para efetivar essa parceria, será necessário negociar os termos de um acordo de salvaguardas, por meio do qual parte da tecnologia americana será mantida em confidencialidade e longe do alcance de cientistas e operadores brasileiros.

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    “Nós escolhemos o Brasil [Alcântara] não apenas porque está na linha do Equador em um feliz acidente geográfico, mas porque nós queremos trabalhar com os brasileiros, nossos vizinhos hemisféricos com quem compartilhamos valores políticos, assim como nossa impressionante orientação tecnológica”, afirmou. “Outros não poderiam dizer o mesmo com credibilidade.”

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    Mattis seguiu para a Argentina e, de lá, viajará ao Chile e à Colômbia. Deverá retornar a Washington apenas na sexta-feira.

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