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Sauditas confirmam morte de jornalista em seu consulado e prendem 18

Cinco autoridades foram demitidas, mas evidências apontam o príncipe-herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, como mandante do crime

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h06 - Publicado em 19 out 2018, 19h37
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  • A Arábia Saudita confirmou nesta sexta-feira (19) o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi dentro do seu Consulado em Istambul, na Turquia, e iniciou uma investigação sobre o episódio, anunciou o governo saudita por meio de rede estatal de televisão. A polícia do reino árabe prendeu 18 suspeitos, e o governo demitiu cinco autoridades.

    Crítico do governo saudita, Khashoggi vivia como exilado nos Estados Unidos, onde era colaborador do jornal Washington Post. Ele ingressara no último dia 2 na representação saudita em Istambul para buscar os documentos para seu casamento. Sua noiva, a turca Hatice Cengiz, o esperava do lado de fora. Jamais saiu vivo do prédio.

    De acordo com a versão anunciada na TV estatal, Khashoggi discutiu com pessoas se encontrou no Consulado. O jornalista morreu no confronto físicos com esses 18 adversários. A TV estatal informou que o príncipe-herdeiro saudita, Mohammed bin Salman determinou as demissões do general Ahmed Assiri, vice-diretor do serviço saudita de inteligência, e do conselheiro real de Justiça, Saud Qahtani, e de outras três generais – Rashid bin Hamid Mihmadi, Abdullah bin Khalef Shaiyi e Mohammed bin Saleh Rumaih.

    “Uma briga surgiu entre ele (Khashoggi) e outros com quem se encontrou no Consulado saudita em Istambul, levando a uma altercação, que levou à sua morte”, anunciou a TV estatal. “Uma investigação já está acontecendo, e 18 sauditas foram presos”, completou um promotor público saudita.

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    O reconhecimento de Riad, depois de 16 dias de resistência, deveu-se especialmente às mais recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, respaldadas em relatórios de agências de inteligência de vários países. De Washington, Trump afirmara na quinta-feira (18) que, apenar “pelo milagre dos milagres”, Khashoggi estaria vivo e insistiu que a Arábia Saudita arcará com “consequências severas” pelo crime.

    As principais evidências apontam para o príncipe-herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, como responsável por ordenar o assassinato do crítico de seu governo. O futuro rei, entretanto, será o líder de uma comissão de investigação do caso.

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    Segundo o jornal The Guardian, sir John Sawers, um ex-agente do MI6, a principal agência de inteligência britânica, afirmou que a teoria de que o homicídio teria sido cometido por agentes sauditas é “pura ficção”.

    Os 15 funcionários do Consulado prestaram depoimento nesta sexta-feira ao Ministério Público da Turquia. Em suas investigações, as autoridades da Turquia fizeram duas inspeções no Consulado e uma na residência do cônsul saudita em Istambul. Gravações e áudios de agências de inteligências de vários países apontam para a morte do jornalista durante sessão de tortura e seu esquartejamento no local.

    Segundo o Washington Post, na última quarta-feira, o jornal Yeni Safak, considerado favorável ao governo turco, mencionou um áudio em poder da polícia no qual foi registrado o assassinato de Khashoggi. Um esquadrão composto por 15 agentes sauditas abordou o jornalista logo que ingressou no Consulado. Seus dedos foram cortados e, depois, ele foi decapitado.

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    Nesta sexta-feira, a polícia turca realizou operação de buscas na floresta Belgrado, a 15 quilômetros do Consulado saudita em Istambul, e na zona rural de Yalova, a 90 quilômetros segundo o jornal Cumhuriyet e o canal NTV. Vários veículos deixaram o Consulado, no dia do desaparecimento de Khashoggi, e se dirigiram a  esses locais

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