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Salvini quer compor coalizão de extrema direita no Parlamento da UE

Líder da Liga Norte convoca encontro de partidos ultraconservadores em Milão; Le Pen não irá, mas a legenda alemã AfD enviará representante

Por Denise Chrispim Marin 4 abr 2019, 19h09
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  • Com a ambição de firmar-se como líder dos eurocéticos, o vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, pretende montar uma coalizão de partidos de extrema direita do continente para as eleições do Parlamento Europeu em 23 de maio. Segundo o jornal britânico The Guardian, um primeiro encontro dos chefes partidários se dará em Milão na próxima semana.

    Partidos de cerca de 20 países da Europa foram convidados para o encontro. Populistas de direita governam na Itália, Hungria, Áustria, Polônia e têm registrado avanços na França, Holanda e Espanha. Mesmo que não consigam a maioria das cadeiras do Parlamento Europeu, tenderão a ampliar sua representação em Estrasburgo.

    “A diferença entre nós e os outros é que eles têm de ir ao exterior para construir alianças. Mas a Liga convite os movimentos europeus a virem à Itália, nosso país tornou-se central, graças a este governo”, afirmou Salvini, referindo-se a seu partido de extrema direita, Liga Norte, e seu coligado Movimento 5 estrelas (M5S), que compõem a atual administração italiana.

    Segundo o Guardian, o porta-voz do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) confirmou o envio de um representante a Milão. A francesa Marine Le Pen já havia previamente respaldado a proposta de Salvini de compor uma coalizão da extrema direita europeia.

    Mas o partido de Le Pen, Frente Nacional, disse que ela declinou o convite. Mais prováveis serão as presenças de representantes de Viktor Orban, primeiro ministro da Hungria, que declarou ser Salvini “um heroi”, do Partido Popular do primeiro-ministro da Aústria, Sebastian Kurz, e do presidente conservador polonês, Andrzej Duda.

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    Traidores

    Gerard Batten
    Gerard Batten, líder do Partido Independente do Reino Unido (UKIP): ‘Grã-Bretanha de joelhos’ – 14/03/2019 (WIktor Szymanowicz/NurPhoto/Getty Images)

    No Parlamento europeu, o líder do Partido de Independência do Reino Unido (Ukip), Gerard Batten, corre o risco de perder seu mandato por ter acusado os políticos de seu país de “traidores e colaboracionistas” e comparado líderes europeus a Adolp Hitler. A queixa contra Batten foi apresentada pelo Partido Nacional Escocês que, como o Ukip, tem representação no Parlamento Europeu, ao presidente do Parlamento Europeu, António Tajani.

    “Vocês fizeram o que Felipe da Espanha, o que Napoleão, o que o Kaiser Wilhelm e Hitler não puderam fazer. Vocês trouxeram a Grã Bretanha ajoelhada sem dar um único tiro”, afirmou Batten em discurso no Parlamento, dirigindo-se ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e ao principal negociador europeu do Brexit, Michel Barnier.

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    “Mas vocês não poderiam ter feito nenhuma dessas coisas sem a conivência dos traidores e colaboracionistas no Parlamento britânico e na sociedade britânica”, completou.

     

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