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Rússia violou sanções da ONU e vendeu petróleo à Coreia do Norte

Combustível foi transferido entre navios em alto-mar; país depende da importação de petróleo para manter economia funcionando

Por Da Redação
30 dez 2017, 15h57
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  • Embarcações da Rússia forneceram combustível à Coreia do Norte ao menos três vezes nos últimos meses, de acordo com dois oficiais de segurança europeus que pediram anonimato.

    A venda de petróleo ou de produtos produzidos a partir de petróleo à Coreia do Norte é uma violação das sanções impostas pela ONU em 2017 como resposta aos testes nucleares realizados pelo regime de Kim Jong-un.

    O país depende da importação de combustíveis para manter sua debilitada economia funcionando. Eles também são usados no programa de mísseis balísticos intercontinentais que os Estados Unidos acusam de ameaçar a paz na região.

    Por causa das restrições impostas ao comércio com a Coreia do Norte, o fornecimento do combustível foi feito através de transferências entre navios em alto-mar.

    Em setembro, a agência Reuters reportou que navios norte-coreanos declaravam nos registros oficiais que estavam se dirigindo a outros destinos para burlar controles e navegar diretamente de portos russos para a Coreia do Norte. Desde então, houve um aumento na fiscalização na região, o que levou os navios a transferirem suas cargas em alto-mar, evitando os portos dos dois países.

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    Não se sabe quantos navios russos estariam envolvidos nas transferências ou a quantidade de combustível fornecido. Segundo um dos oficiais, não há evidências de participação direta do governo russo. Os oficiais se basearam em inteligência naval e imagens de satélite de embarcações operando em portos do extremo-leste da Rússia.

    Imagens de satélite consultadas independemente pela Reuters mostram os navios russos citados pelos oficiais realizando movimentos anormais na região. Também foram detectados períodos em que as embarcações desligaram seus equipamentos de localização, impossibilitando assim que fossem restreados.

    Yaroslav Guk, diretor da empresa Alisa Ltd, proprietária de um dos navios citados, disse que não houve contato entre sua frota e embarcações norte-coreanas. “De forma alguma, é muito perigoso”, disse. “Seria loucura fazer isso”.

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    Em um comunicado, o Departamento de Estado americano pediu à Rússia e aos demais membros da ONU que “implementem rigorosamente” as sanções contra Pyongyang e “trabalhem juntos para interromper quaisquer atividades proibidas pela ONU, incluindo transferências de petróleo refinado entre navios e o transporte de carvão para a Coreia do Norte”.

    (com Reuters)

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