Depois do Cazaquistão pedir ajuda da aliança liderada pela Rússia para conter a onda de protestos no país, o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, que preside a Organização do Tratado de Segurança Coletiva, disse que o grupo enviaria um “soldados da paz” ao Cazaquistão por um “período limitado de tempo, com o objetivo de estabilizar e normalizar a situação do país”.
Assim como o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, o primeiro-ministro da Armênia culpou a “intromissão externa” pelos confrontos no país.
Tokayev afirmou que os ataques foram feitos por terroristas treinados por estrangeiros.
“Hoje apelei aos chefes dos estados da Organização do Tratado de Segurança Coletiva para ajudar o Cazaquistão a superar essa ameaça terrorista”, disse Tokayev.
“Na verdade, isso não é mais uma ameaça, isso está minando a integridade do estado”, acrescentou.
Ele declarou estado de emergência em todo país.
A mídia do Cazaquistão relata que pelo menos oito policiais e militares foram mortos e 317 ficaram feridos tentando conter os protestos.
Os atos começaram no domingo (2), na região de Mangistau, depois que os preços do GLP (gás liquefeito de petróleo) aumentaram na virada do ano, mas foi nesta quarta-feira (5) que a situação ficou incontrolável.
No início do dia, ocorreram confrontos violentos entre policiais e manifestantes em Almati, e o gabinete do prefeito foi incendiado. O aeroporto da cidade foi invadido e muitos voos foram cancelados devido à confusão.
O Cazaquistão é um dos grande produtores de petróleo do mundo e membro da Opep. Devido às preocupações de que os protestos poderiam interromper o fornecimento, os preços do petróleo tipo Brent subiram na quarta-feira (5).