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Rússia rechaça insinuação dos EUA sobre vídeo forjado para forçar guerra

Suposta operação, parte de campanha de desinformação, envolveria imagens falsas de morte de civis no leste ucraniano, segundo autoridades americanas

Por Da Redação 4 fev 2022, 10h45
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  • O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, classificou como “absurdas” as declarações de autoridades dos Estados Unidos sobre a suposta preparação de um vídeo falso para ser utilizado como pretexto para um ataque contra a Ucrânia.

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    “O caráter absurdo dessas reflexões, que aumentam a cada dia, é evidente para qualquer analista com algum conhecimento”, indicou o integrante do governo liderado por Vladimir Putin, em entrevista à emissora Ren TV nesta sexta-feira, 4. 

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    Na quinta-feira, o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, John Kirby, disse que a Rússia “poderia produzir um vídeo gráfico de propaganda, com cadáveres e atores que simulariam ser pessoas de luto”, como forma de justificar um ataque contra a Ucrânia.

    O vídeo forjado que seria parte de uma campanha recente de desinformação e contaria com imagens de morte de civis no leste da Ucrânia, e possivelmente na fronteira com a Rússia, como forma de gerar indignação enter a população e criar um pretexto para uma invasão, disseram fontes à mídia americana.

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    Dentro da campanha de desinformação, a mídia estatal russa dá destaque há semanas a imagens de tropas e tanques na divisa com a Ucrânia, mas atribuindo os equipamentos militares à Otan, principal coalizão militar ocidental, e seus aliados. No cenário alternativo da estatal russa, as forças ocidentais estariam realizando um plano que está em andamento há anos.

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    A ação consistiria em cercar a Rússia, derrubar o presidente Vladimir Putin e assumir o controle dos recursos energéticos do país. Nos talk shows e noticiários, a narrativa é amplamente reforçada: a Ucrânia é um Estado falido inteiramente controlado pelo “mestre das marionetes”, os Estados Unidos. 

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    Em resposta às acusações americanas, a porta-voz da Chancelaria da Rússia, Maria Zakharova, convocou o Ocidente a deixar de fornecer armas para a Ucrânia, o que está impedindo uma solução pacífica para o conflito no leste da antiga república soviética.

    “Instamos os países da Otan a parar, imediatamente, com a instigação de uma histeria em torno do conflito interno ucraniano e parar o abastecimento militar a Kiev”, afirmou Zakharova, em entrevista coletiva.

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    A denúncia de autoridades americanas sobre o suposto complô aconteceu horas depois o presidente americano, Joe Biden, anunciar o envio de mais de 3.000 soldados americanos para reforçar a segurança no leste europeu. Na última semana, 8.500 soldados já haviam recebido ordens semelhantes, em meio às preocupações com uma possível retirada dos mais de 30.000 americanos que atualmente vivem na Ucrânia. 

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    Na terça, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou os Estados Unidos e a Otan de tentar empurrar a Rússia para uma guerra, mesmo esperando que os diálogos continuem. Autoridades do governo americano acreditam que Putin ainda não tomou a decisão de invadir, porém esperam que isso possa acontecer nas próximas semanas. 

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    O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma adesão terá consequências graves. A aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

    As avaliações mais recentes da inteligência dos EUA colocam mais de 50 grupos táticos russos enviados dentro e nos arredores da fronteira com a Ucrânia, enquanto a avaliação mais recente do Ministério da Defesa ucraniano diz que a Rússia já enviou mais de 127.000 soldados à região.

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