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Rússia prende repórter americano sob acusação de espionagem

Evan Gershkovich, do veículo Wall Street Journal (WSJ) pode pegar até 20 anos de prisão depois de supostamente 'coletar informações secretas'

Por Da Redação
30 mar 2023, 08h49
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  • A picture taken on July 24, 2021 shows journalist Evan Gershkovich. - A US reporter for The Wall Street Journal newspaper has been detained in Russia for espionage, Russian news agencies reported Thursday, citing the FSB security services. "The FSB halted the illegal activities of US citizen Evan Gershkovich... a correspondent of the Moscow bureau of the American newspaper The Wall Street Journal, accredited with the Russian foreign ministry," the FSB was quoted as saying. He is "suspected of spying in the interests of the American government" and of collecting information "on an enterprise of the Russian military-industrial complex," agencies reported. (Photo by Dimitar DILKOFF / AFP)
    O jornalista americano Evan Gershkovich, que morava e trabalhava há anos na Rússia, é "suspeito de espionar no interesse do governo americano" e de coletar informações "sobre uma empresa do complexo militar-industrial russo". 24/07/2023 - (Dimitar Dilkoff/AFP)

    Autoridades da Rússia prenderam um jornalista americano que estava trabalhando no país nesta quinta-feira, 30, acusando-o de espionagem. O suposto crime pode levar a uma pena de prisão de até 20 anos.

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    O FSB, serviço de segurança da Rússia, disse que Evan Gershkovich, um repórter do jornal americano Wall Street Journal, “estava coletando informações protegidas sobre as atividades de uma das empresas do complexo industrial militar russo”.

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    Gershkovich foi detido durante uma viagem a trabalho à cidade de Ekaterinburg, nos Urais. O jornal russo Kommersant disse que ele seria levado para Moscou, onde receberia as acusações oficialmente em um tribunal. O FSB afirmou que Gershkovich estava “agindo sob instruções” do governo dos Estados Unidos.

    O jornalista de 31 anos mora em Moscou há seis anos, fala russo fluente e é credenciado como jornalista pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Antes do Wall Street Journal, Gershkovich já havia trabalhado na Rússia para o Moscow Times, um jornal independente russo, e a agência de notícias AFP.

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    Antes de sua prisão, Gershkovich estava supostamente trabalhando em uma reportagem sobre o Grupo Wagner, a companhia militar privada dirigida pelo empresário Yevgeny Prigozhin, e apoiada pelo Estado russo, que realizou grande parte dos combates na Ucrânia.

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    Desde que o líder do Kremlin, Vladimir Putin, decidiu invadir a Ucrânia em fevereiro passado, fazer jornalismo de dentro da Rússia ficou muito mais difícil. O Ministério das Relações Exteriores colocou dezenas de jornalistas em listas negras e uma série de leis, incluindo uma que proíbe “fakes”, tornou difícil e perigoso fazer reportagens honesta sobre a guerra em território russo, e muitos jornalistas deixaram o país.

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    No entanto, esta é a primeira vez que um repórter estrangeiro é acusado de um crime desde o início da guerra, e Gershkovich é o primeiro repórter americano a ser acusado de espionagem na Rússia desde o fim da Guerra Fria.

    “O Wall Street Journal nega veementemente as alegações do FSB e busca a libertação imediata de nosso confiável e dedicado repórter, Evan Gershkovich. Nos solidarizamos com Evan e sua família”, disse o jornal em comunicado.

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    Prisões de estrangeiros importantes na Rússia parecem projetadas para aumentar as possibilidades de troca de prisioneiros, para receber de volta russos presos no exterior. No ano passado, Moscou prendeu a jogadora de basquete americana Brittney Griner por porte de drogas e a sentenciaram a nove anos de prisão. Ela foi trocada em dezembro por Viktor Bout, um traficante de armas apelidado de “Mercador da Morte”, que estava detido há muito tempo nos Estados Unidos.

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