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Rússia perde quase 20% de caças supersônicos usados na Ucrânia

Pesquisa do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos avalia que até 8% do arsenal tático aéreo teria sido destruído somente em 2022

Por Da Redação
20 set 2023, 17h45

O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta quarta-feira, 20, a queda de um caça Sukhoi Su-34, utilizado em ataques táticos, nas proximidades da base militar de Voronej. O suposto acidente, ocorrido durante um treinamento, marca a 21ª perda desse modelo de aeronave, considerado uma das principais inovações russas no setor, desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro do ano passado.

Conhecida pelo potencial mortífero, a aeronave supersônica foi lançada em 2014, tendo como finalidade superar as capacidades dos caças Su-27, famosos no Ocidente pelo nome Flanker. Em março de 2022, menos de um mês após a invasão russa, a Força Aérea ucraniana derrubou ao menos quatro aeronaves desse tipo em um intervalo de 36 horas.

Dentre os Su-34 destruídos, apenas quatro caíram em situações não relacionadas ao conflito, como revelou um levantamento do portal Oryx, especializado na análise de perdas militares. Ao todo, Moscou teria perdido 91 de 1.172 aviões de combate quando comparados aos números pré-guerra.

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O número seria preocupante para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, já que o prejuízo corresponde a 18% da frota aérea anterior à invasão ao território ucraniano, de acordo com um cálculo do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), sediado em Londres. A estatal russa United Aircraft Corporation (UAC) alega, por sua vez, que cerca de 10 Su-34 foram entregues em 2022, de forma a tentar compensar as baixas. Não se sabe quantos deles seguem em operação neste ano.

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A pesquisa do IISS avalia, além disso, que até 8% do arsenal tático aéreo teria sido arruinado ainda no ano passado. Os pesquisadores alegam que a ampla dimensão do inventário acaba por mascarar a intensidade do desfalque de Moscou. Algumas reduções na frota ativa, como seria o caso dos caças Su-30 e Su-24, variam entre 10 a 15%. O modelo soviético Su-25, utilizado desde 1981, registra perdas de 16%. Eles, contudo, são mais obsoletos, apesar da fama de “cavalo de guerra”.

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A instituição acrescenta que a composição russa de veículos blindados também teria sido afetada com a eclosão da guerra, com perda de cerca de 50% de tanques T-72B3, T-72B3M e T-80. Para compensar as baixas, as tropas de Putin estariam utilizando dispositivos antigos, não tão poderosos quanto os modernos, enquanto passaram a negociar com o Irã, ainda em 2022, a compra de drones e munições de ataques indiretos.

Em contrapartida, os militares da Ucrânia, presidida por Volodymyr Zelensky, registraram a queda de 72 de 124 aeronaves desde o início do conflito. Os dados, no entanto, podem não englobar a perda total, já que a guerra é travada em território ucraniano. O país tem recebido a ajuda de aliados ocidentais, como poloneses e eslovacos, que enviaram caças MiG-29. As promessas dos Estados Unidos a respeito dos modelos F-16, de combate multiuso, ainda permanecem no papel.

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