Rússia pede ajuda de internautas para decidir como revidar aos EUA

A diplomacia mundial é a nova vítima das redes sociais. Após o uso indiscriminado do Twitter pelo presidente americano Donald Trump no último ano, chegou a vez dos russos tentarem resolver conflitos internacionais e fazerem provocações na plataforma.

Depois que os Estados Unidos decidiram hoje seguir o Reino Unido e a União Europeia, expulsando 60 diplomatas e fechando o consulado russo em Seattle em resposta ao envenenamento em solo britânico do ex-agente duplo Sergei Skripal e sua filha, a embaixada da Rússia em Washington decidiu criar uma enquete em sua página oficial no Twitter para pedir ajuda aos internautas na decisão de como será a represália às medidas americanas.

“A administração dos EUA ordenou o fechamento do consulado russo em Seattle. Qual Consulado-Geral dos EUA você fecharia na Rússia, se dependesse de você decidir?”, diz a postagem.

As opções dadas pela enquete são os consulados americanos em Vladivostok, Yekaterinburg e São Petersburgo. Em 5 horas, o tuíte foi respondido por mais de 18.000 pessoas.

Até o momento, o fechamento do consulado de São Petersburgo está na frente na enquete, com 44% dos votos.

A ordem americana de expulsão de diplomatas inclui doze agentes da inteligência russa alocados na missão do país junto à Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, e 48 funcionários da embaixada em Washington.

Donald Trump também determinou o fechamento do consulado russo na cidade de Seattle, no noroeste do país, em razão de sua proximidade da base de submarinos de Kitsap e da base da Boeing.

Diversos países da União Europeia (UE), o Canadá, a Ucrânia e a Albânia também tomaram a decisão de expulsar diplomatas russos em resposta ao envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e de sua filha no dia 4 de março.

Segundo o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, mais expulsões e outras medidas comuns da União Europeia podem ser esperadas nas próximas semanas. O Reino Unido já havia expulsado 23 diplomatas do governo de Vladimir Putin pelo mesmo caso.