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Rússia liberta repórter americano e ex-fuzileiro naval em troca de prisioneiros, diz agência

Julgamento de Evan Gershkovich, do WSJ, por acusações de espionagem foi visto como farsa fora do país

Por Da Redação
Atualizado em 1 ago 2024, 10h06 - Publicado em 1 ago 2024, 10h06

O jornalista americano Evan Gershkovich e o ex-fuzileiro naval dos Estados Unidos Paul Whelan serão liberados pela Rússia em uma troca de prisioneiros envolvendo vários países, informou a agência de notícias Bloomberg nesta quinta-feira, dia 1º. O repórter do Wall Street Journal, detido no país desde março de 2023, foi condenado sob acusações de espionagem em um julgamento visto amplamente como farsa.

Por enquanto, os países envolvidos na troca não emitiram confirmação oficial sobre o assunto. De acordo com a Bloomberg, os dois homens já estão no caminho dos fóruns locais da Rússia. A informação também foi confirmada pela emissora americana CNN, com base em fontes não divulgadas.

A notícia surge após rumores sobre uma troca planejada de prisioneiros envolvendo Rússia, Estados Unidos, Alemanha e Belarus.

Indícios

O presidente russo, Vladimir Putin, já havia indicado que quer trocar Gershkovich por cidadãos russos que cumprem penas de prisão no exterior. Mais especificamente, ele mencionou Vadim Krasikov, um alegado assassino do FSB condenado à prisão perpétua por homicídio na Alemanha. Washington e Moscou confirmaram que mantiveram conversas sobre o tema, mas ainda não chegaram a um acordo.

Putin disse no início de junho que continuava negociando com o governo americano sobre uma potencial troca. “Sei que a administração dos Estados Unidos está realmente tomando medidas enérgicas para a sua libertação. Isto é verdade. Mas essas questões não são resolvidas através dos meios de comunicação social”, disse ele durante uma reunião com jornalistas em São Petersburgo.

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A rapidez do julgamento do repórter, com as audiências antecipadas em mais de um mês, também indicava que um acordo para uma troca de prisioneiros estaria próximo.

Os Estados Unidos acusaram a Rússia de praticar uma “diplomacia de reféns”. Segundo Washington, Gershkovich e Whelan foram “detidos injustamente”.

“O caso de Evan não é sobre provas, devido processo legal ou Estado de direito. Trata-se de usar os cidadãos americanos como peões para atingir fins políticos, como o Kremlin também está fazendo no caso de Paul Whelan”, disse embaixadora dos Estados Unidos em Moscou, Lynne Tracy, após a detenção do jornalista no ano passado.

Whelan, no caso, foi preso em Moscou em 2018 e, depois, condenado por espionagem em 2020, sendo sentenciado a 16 anos de prisão. Segundo o governo dos Estados Unidos, a acusação não tem mérito.

O caso

Gershkovich foi preso durante uma viagem a trabalho a Ecaterimburgo, nos Montes Urais, em março do ano passado, tornando-se o primeiro jornalista dos Estados Unidos a ser detido na Rússia sob acusação de espionagem desde o colapso da União Soviética. Em seguida, foi transferido para a prisão de Lefortovo, em Moscou, que é gerida pelo serviço de segurança russo, o FSB, e mantém prisioneiros de alto valor.

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A investigação alega que o repórter, na verdade, estava nos Urais por ordem da CIA para coletar informações sobre o Uralvagonzavod, um fabricante de armas russo com sede perto de Ecaterimburgo, responsável por produzir os principais tanques de batalha do país. Não foi divulgada, porém, nenhuma evidência no caso.

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O WSJ e o Departamento de Estado dos EUA rejeitaram a acusação como ridícula, já que Gershkovich recebeu credenciamento oficial do Ministério das Relações Exteriores russo para trabalhar como jornalista no país. A embaixada dos Estados Unidos em Moscou enfatizou que Gershkovich é jornalista “independentemente do que as autoridades russas afirmem”, e reiterou que o repórter não cometeu nenhuma ação ilegal.

Apesar da ausência de evidências divulgadas, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou na quarta-feira 17 que Moscou tinha “provas irrefutáveis” da espionagem de Gershkovich – sem dar detalhes, claro.

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