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Rússia lança 60 mísseis e drones contra Kiev em dia de volta às aulas

Capital da Ucrânia e outras cidades registraram uma série de explosões pela manhã, que feriram 3 pessoas

Por Da Redação 2 set 2024, 09h17

Fortes explosões abalaram Kiev, a capital da Ucrânia, na manhã desta segunda-feira, 2, após a Rússia lançar uma saraivada de mísseis e drones contra o país vizinho. O ataque, que coincidiu com o dia de volta às aulas no país, provocou incêndios, danificou casas e edifícios e feriu ao menos três pessoas.

A Força Aérea ucraniana disse ter destruído 22 dos 35 mísseis lançados por Moscou, bem como 20 dos 23 drones de ataque. Alertas de ataque aéreo puderam ser escutados por toda a Ucrânia por quase duas horas antes, segundo a agência de notícias Reuters, até que as autoridades informaram às 6h30 do horário local (0h30 em Brasília) que o céu estava limpo.

+ Após destruição de ponte, Zelensky diz que invasão à Rússia está ‘cumprindo objetivos’

A vizinha Polônia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte, ativou aeronaves de guerra para manter seu espaço aéreo seguro durante os ataques.

Conturbada volta às aulas

O bombardeio, uma semana após a Rússia ter lançado seu maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde que o início da guerra, em fevereiro de 2022, coincidiu com o retorno à escola para muitas crianças, adolescentes e jovens adultos no país.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou em seu canal no aplicativo de mensagens Telegram que uma estação de tratamento de água e uma estação de metrô que faz vezes de bunker foram parcialmente danificadas no distrito de Svyatoshynksyi. A região abriga um conjunto de universidades e escolas.

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Autoridades militares da capital afirmaram que o ataque feriu três pessoas, sendo que duas delas foram levadas ao hospital.

+ Invasão ucraniana à Rússia deixou mundo à beira de guerra mundial, diz Moscou

Carros foram incendiados por toda a cidade, bem como em um prédio não residencial no distrito de Shevchenkivskyi, disse o prefeito. Serviços de emergência foram enviados para lá, bem como os distritos de Svyatoshynskyi, Solomyanskyi e Holosiivskyi, onde caíram destroços de mísseis destruídos.

O distrito de Solomyanskyi abriga uma grande estação de trem e o principal aeroporto de Kiev. O distrito histórico de Svyatoshynskyi fica no extremo oeste de Kiev, enquanto Holosiivskyi fica no sudoeste.

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Um centro islâmico também foi seriamente danificado no ataque, disse Refat Chubarov, o líder tártaro da Crimeia, no Telegram.

Ataques se intensificam

Na última segunda-feira, a Rússia lançou mais de 100 mísseis e cerca de outros 100 drones Shahed, de fabricação iraniana, contra 15 regiões em todo o país, provocando danos à rede energética e deixando milhares de pessoas no escuro. Pelo menos sete pessoas morreram, no que Kiev chamou de “maior ataque” desde o início da guerra.

A Rússia negou, novamente, visar civis como alvos.

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Os ataques se intensificam quase um mês após a invasão ucraniana à região russa de Kursk, que segundo o presidente Volodymyr Zelensky está “atingindo os objetivos”.

Kiev alegou que tomou controle de mais de 80 assentamentos em uma área de ao menos 1.150 quilômetros quadrados em Kursk desde seu ataque surpresa à região em 6 de agosto. Esta já é considerada a maior invasão à Rússia desde a Segunda Guerra Mundial. Zelensky justificou que a incursão na fronteira com o leste da Ucrânia visa criar uma zona-tampão e desgastar as forças russas, que travam há dois anos e meio uma guerra em território ucraniano.

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