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Rússia e Ucrânia firmam acordo para troca de 48 crianças deportadas

As 29 crianças ucranianas e 19 russas foram retiradas de seus países durante a guerra, iniciada em fevereiro de 2022

Por Da Redação
24 abr 2024, 16h35

A Rússia anunciou nesta quarta-feira, 24, um acordo com a Ucrânia que permitirá a troca de 48 crianças — 29 ucranianas e 19 russas — retiradas de seus países durante a guerra, eclodida há mais de dois anos. O pacto, mediado pelo Catar, foi divulgado pela comissária russa para a Infância, Maria Lvova-Belova. O país árabe, que também atua como intermediário na guerra entre Israel e o grupo palestino radical Hamas, participa de reuniões sobre a repatriação de jovens ucranianos desde 2022.

A informação foi divulgada após um encontro presencial entre autoridades de Kiev e Moscou. Embora Lvova-Belova tenha comunicado o retorno aos devidos lares, o governo não forneceu detalhes sobre como as crianças ucranianas passaram para o lado russo. A Ucrânia acredita que mais de 19 mil menores foram deslocados da zona leste da Ucrânia, onde alguns vivam em orfanatos, para a Rússia ao longo do conflito.

Acredita-se que parte dos seus pais foi morta. Outros adultos se separaram dos filhos em meio à invasão das tropas da Rússia. Em abril do ano passado, 31 crianças retornaram à Ucrânia após a deportação forçada. Entre os repatriados, adolescentes disseram que foram alvo de ensino patriótico russo e foram obrigados a exaltar o Exército de Moscou.

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Problemas com o TPI

Em março do ano passado, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, e Lvova-Belova por serem “supostamente responsáveis” por crimes de guerra, incluindo a deportação e transferência ilegal de crianças. O tribunal considerou que “existem motivos razoáveis” para considerar que a comissária esteve envolvida em práticas criminais. Rússia, que não é signatária do TPI, nega as acusações.

Lvova-Belova assumiu o cargo apenas quatro meses antes do início do confronto. Após a invasão, ela reclamou que crianças vindas da Ucrânia “falavam mal do presidente [Putin], diziam coisas horríveis e cantavam o hino ucraniano”, tendo começado “a se integrar” somente depois de serem sido adotados por famílias russas. Segundo a comissária, os menores “se transformam e amam a Rússia”.

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