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Rússia convoca tropas de outras regiões para reforçar invasão na Ucrânia

De acordo com fontes próximas ao Kremlin, soldados da Sibéria, Geórgia, e até mesmo mercenários no Oriente Médio estão sendo realocados para a Ucrânia

Por Matheus Deccache Atualizado em 17 mar 2022, 20h13 - Publicado em 17 mar 2022, 20h12

A guerra entre Rússia e Ucrânia entrou na sua quarta semana com um panorama bem diferente daquele imaginado por Moscou.

Como apontado pelo relatório de inteligência do governo britânico publicado nesta quinta-feira (17), a invasão está “amplamente paralisada em todas as frentes”, motivo que tem feito o Kremlin intensificar seus ataques a áreas civis. 

De acordo com o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, as tropas russas estão realizando uma campanha de violação, pilhagem e expurgos ao longo dos territórios ocupados desde o início do conflito. 

“Se antes esses casos eram isolados, agora a situação piorou. O exército russo está destruindo deliberadamente a população ucraniana. Isso é genocídio”, disse.

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Mais de 20 pessoas morreram e outras 25 ficaram feridas depois de um ataque aéreo atingir uma escola e um centro comunitário perto da cidade de Kharkiv, segunda maior cidade do país e alvo constante de ataques. 

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A cidade de Mariupol, que está cercada por tropas russas desde o início do conflito, tem sido alvo constante de ataques à infraestrutura civil. Na última quarta-feira, um teatro que abrigava cerca de 1.200 civis foi bombardeado e o número de vítimas ainda é incerto. 

Na segunda, uma mãe e seu bebê morreram vítimas de um ataque a uma maternidade, em uma das cenas mais devastadoras da guerra. O governo da Ucrânia acusa o Kremlin de atacar os dois alvos, que nega a autoria.

O avanço limitado das tropas russas obrigou o governo a enviar mais reforços para a linha de frente, realocando tropas mobilizadas em outras regiões. De acordo com fontes próximas ao presidente Vladimir Putin, soldados alocados na Geórgia, mercenários no Oriente Médio e mais reservistas do extremo leste da Rússia estão se deslocando para a Ucrânia.

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“Nossos meninos estão indo para lá acabar com os nazistas que estão aterrorizando seu povo”, disse Eduard Kokoity, ex-presidente da autoproclamada República da Ossétia do Sul, em seu canal no Telegram. A mensagem continha ainda imagens de militares a caminho da Ucrânia.

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Segundo o jornal The New York Times, os Estados Unidos estimam que, dos 150.000 soldados russos em território ucraniano, 7.000 foram mortos e cerca de 14.000 a 21.000 foram feridos desde o início da invasão.

O Ministério da Defesa do Japão informou, também nesta quinta, que quatro navios anfíbios russos, utilizados para desembarcar tropas em terra, foram vistos a oeste do país, provavelmente em direção à Europa. 

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Ao mesmo tempo, um relatório feito pela inteligência do Reino Unido aponta que o Kremlin “está realocando forças de lugares distantes como a Sibéria, Armênia e a Frota do Pacífico, pretendendo usar ainda mais forças irregulares de empresas militares privadas, da Síria e outros mercenários”.

Na última sexta-feira (11), Putin aprovou em uma reunião do Conselho de Segurança que estrangeiros sejam recrutados para reforçar as operações na Ucrânia, enquanto o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, reconheceu que estava considerando a hipótese de convocar mais de 16.000 mercenários do Oriente Médio.

Em paralelo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, continua pedindo apoio em forma de armamento para aliados ocidentais, alegando ser a única maneira de frear o ímpeto do exército russo. Além disso, Zelensky segue pedindo o fechamento do espaço aéreo ucraniano, medida descartada pela Otan, que teme um confronto militar direto com a Rússia. 

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