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Rússia precisa aceitar cessar-fogo para fechar acordo, diz Ucrânia​

Em videoconferência, ministro ucraniano disse que líderes internacionais estão dispostos a mediar negociações desde que Kremlin demonstre 'boas intenções'

Por Matheus Deccache 17 mar 2022, 15h51

O Ministério da Defesa ucraniano disse nesta quinta-feira, 17, que os governos da Rússia e Ucrânia estão negociando um acordo de paz, mas é fundamental que o Kremlin aceite um cessar-fogo para que as negociações sigam adiante. 

De acordo com o ministro Oleksii Reznikov, que está liderando as conversas, o trabalho técnico está avançando, mas a Rússia deve interromper bombardeios para que qualquer compromisso seja possível. Por meio de videoconferência, ele disse que líderes internacionais estão dispostos a mediar as negociações desde que o Kremlin demonstre “boas intenções”. 

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“É claro que, antes de tudo, falaremos sobre um cessar-fogo, sobre corredores humanitários, o fornecimento da população civil com retirada, água, comida, e talvez mais tarde possamos assinar este acordo de paz”, disse. 

Segundo ele, dentro dos termos do povo ucraniano, “nunca aceitaríamos qualquer capitulação e nossas forças armadas estão prontas para resistir. Então, podemos dizer que as negociações estão mais ou menos em nível técnico”.

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Internamente, há dúvidas por parte da Ucrânia e de aliados se Putin está, de fato, disposto a participar das negociações de boa fé. O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, disse acreditar que o presidente russo pode estar “fingindo” negociar, e que o único jeito de mostrar interesse real seria envolvimento direto em um tratado de cessar-fogo.

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As exigências de Moscou para encerrar a invasão ao país vizinho, que teve início em 24 de fevereiro, foram explicitadas recentemente quando o porta-voz Dmitry Peskov listou as condições para que a Rússia interrompa suas operações militares na Ucrânia. 

Em entrevista à agência Reuters, Peskov disse que o Kremlin exige que Kiev encerre sua ação militar, mude sua Constituição para a neutralidade, de modo que o país garanta que jamais irá fazer parte da Otan ou da União Europeia, e reconheça a independência das regiões de Donetsk e Luhansk, além de enxergar a Crimeia como um território russo.

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Na terça-feira, em meio às negociações para o fim do conflito provocado pela invasão da Rússia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu que seu país precisa entender que “a porta da Otan não está aberta” para admissão na aliança, principal ponto de embate entre Moscou e Kiev.

A fala do presidente se deu paralelamente à quinta rodada de negociações entre representantes russos e ucranianos. O encontro anterior, na segunda-feira, entrou em uma “pausa técnica” até esta terça para “trabalho adicional de subgrupos de trabalho e esclarecimento de definições individuais”.

Os outros encontros renderam entendimentos escassos para proteção de civis, e a terceira rodada de conversas terminou com “pequenos desenvolvimentos positivos”, segundo um representante ucraniano. Apesar do tom mais positivo, a implementação de corredores humanitários, que têm objetivo de facilitar a retirada de civis e a entrada de itens básicos como remédios, tem se mostrado difícil em cidades afetadas pela guerra.

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