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Rússia considera colocar usina nuclear na Lua junto com a China

Chefe da agência espacial russa, Yuri Borisov, disse que projeto tem previsão de acontecer entre 2033 e 2035

Por Da Redação
Atualizado em 5 mar 2024, 14h47 - Publicado em 5 mar 2024, 14h22

A Rússia e a China estão avaliando a possibilidade de instalar uma usina nuclear na Lua entre 2033 e 2035, afirmou nesta terça-feira, 5, o chefe da agência espacial russa, a Roscosmos, Yuri Borisov.

Borisov, ex-vice-ministro da Defesa, disse que o projeto permitiria a construção de assentamentos lunares no futuro e que os dois países trabalham em conjunto em um programa lunar.

“Hoje estamos considerando seriamente um projeto – em algum momento na virada de 2033-2035 – para entregar e instalar uma unidade de energia na superfície lunar junto com nossos colegas chineses”, disse durante uma palestra a estudantes.

Segundo Borisov, no entanto, a usina precisaria ser construída por robôs, “em modo automático, sem a presença de humanos”, o que tornaria tudo um desafio ainda maior.

No projeto de assentamentos lunares, painéis solares não conseguiriam fornecer a energia necessária, sendo preciso então usar energia nuclear.

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A espaçonave russa Luna-25, que se chocou com a Lua, conforme confirmou a agência espacial russa Roscosmos
A espaçonave russa Luna-25, que se chocou com a Lua, conforme confirmou a agência espacial russa Roscosmos (Handout / Russian Space Agency Roscosmos/AFP)

O plano russo de construir uma nave espacial de carga movida a energia nuclear também foi abordado por Borisov. Ele disse que a solução para resfriar o reator nuclear já foi encontrada e que todas  as questões técnicas relativas ao projeto foram resolvidas.

Armas no espaço

Acusações dos Estados Unidos sobre possíveis planos do Kremlin para ter armas nucleares no espaço foram novamente negados durante a palestra. Borisov reforçou o posicionamento do presidente russo, Vladimir Putin, de que a Rússia se opõe ao uso desse tipo de arma.

“É claro que o espaço deve ser livre de armas nucleares”, disse. Washington, Pequim e Moscou são signatários do Tratado do Espaço Exterior de 1967, que proíbe o envio à órbita de “quaisquer objetos que transportem armas nucleares ou quaisquer outros tipos de armas de destruição em massa”. No entanto, o texto não oferece nenhuma garantia de segurança no atual clima geopolítico.

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O projeto de explorar a Lua já foi mencionado pelas autoridades russa, mas alguns contratempos atrapalharam o programa espacial do país nos últimos anos. Em agosto do ano passado, a primeira missão lunar em 47 anos falhou depois que a espaçonave Luna-25 perdeu o controle e caiu.

No entanto, Moscou disse que outras missões lunares serão lançadas e que, junto com a China, explorará a possibilidade de uma missão tripulada e até mesmo de uma base lunar.

No mês passado, a China também anunciou que pretende enviar o primeiro astronauta chinês à Lua antes de 2030.

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