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Rússia bombardeia cidades da Ucrânia, apesar da promessa de cessar-fogo

Relato vem um dia após promessa de 'redução drástica nas atividades militares em torno de Kiev e Tchernihiv', após rodada de negociações

Por Da Redação 30 mar 2022, 10h44
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  • O prefeito de Tchernihiv, Vladyslav Atroshenko, afirmou à CNN nesta quarta-feira, 30 que a cidade, localizada no norte da Ucrânia, sofreu um “ataque colossal” de forças russas. O relato vem um dia após o anúncio de cessar-fogo feito pelo Ministério da Defesa da Rússia, que prometeu uma “redução drástica nas atividades militares em torno de Kiev e Tchernihiv”, como parte da mais recente rodada de negociações de paz com a Ucrânia.

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    Tratando a promessa de Moscou com ceticismo, o prefeito local afirmou que a hostilidade dos ataques na verdade aumentou desde o anúncio de cessar-fogo. “Hoje temos um ataque colossal no centro de Tchernihiv. Vinte e cinco pessoas foram feridas e agora estão em hospitais. São todos civis.”

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    Ele completou seu relato dizendo que “esta é mais uma confirmação de que a Rússia sempre mente”.

    Fazendo coro a Atroshenko, o governador da região de Tchernihiv, Viatcheslav Tchaus, confirmou os bombardeios. Em entrevista à BBC, Tchaus disse: “Agora mesmo, enquanto falamos, posso ouvir o que acho que são morteiros”. Ele acrescentou que a cidade de Nizhyn também foi afetada.

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    “Não acreditamos [nos russos] porque já vimos que não há uma única vez em que suas forças militares cumprem sua palavra”, disse o político. 

    A desconfiança em relação ao discurso do Kremlin também esteve presente no pronunciamento de Oleksii Arestovich, conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, na TV ucraniana. Arestovich disse que a ação de Moscou não é um recuo, e sim um processo de transferência de forças do norte da Ucrânia para o leste.

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    “Embora os russos estejam retirando algumas tropas de Kiev, eles ainda deixarão certa quantidade de forças para manter nossas tropas aqui”, disse Arestovich.

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    Apesar de reconhecer avanços positivos nas negociações com a Rússia, Zelensky afirmou, na terça-feira, 29, não levar ao pé da letra nenhuma das palavras de Moscou. “Os ucranianos não são pessoas ingênuas. Já aprenderam durante esses 34 dias de invasão e nos últimos oito anos de guerra no Donbas que a única coisa em que podem confiar é um resultado concreto.”

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    O cessar-fogo era uma exigência de Kiev para que negociações seguissem adiante. A condição de Vladimir Putin para o cessar-fogo seria a aplicação do estatuto de neutralidade à nação ucraniana.

    As exigências de Moscou para encerrar a invasão ao país vizinho, que teve início em 24 de fevereiro, foram explicitadas recentemente quando o porta-voz Dmitry Peskov listou as condições para que a Rússia interrompa suas operações militaresna Ucrânia. Em entrevista à agência Reuters, Peskov disse que o Kremlin exige que Kiev encerre sua ação militar, mude sua Constituição para a neutralidade, de modo que o país garanta que jamais irá fazer parte da Otan ou da União Europeia, e reconheça a independência das regiões de Donetsk e Luhansk, além de enxergar a Crimeia como um território russo.

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