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Rússia aprova lei para reverter tratado que proíbe teste nuclear

Moscou alegou que não tem o objetivo de retomar testes com armas atômicas — a menos que Washington o faça primeiro

Por Da Redação
Atualizado em 25 out 2023, 10h45 - Publicado em 25 out 2023, 10h29

O parlamento da Rússia aprovou uma lei nesta quarta-feira, 25, que reverte sua ratificação de um tratado global que proíbe testes de armas nucleares. A medida acontece em um momento altas tensões com os Estados Unidos, enquanto Moscou trava a guerra na Ucrânia.

O projeto de lei para reverter a ratificação do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT) foi aprovado por 156 votos a zero na Câmara Alta, depois que a Câmara Baixa também o aprovou por unanimidade. Agora, o projeto será enviado para o presidente russo, Vladimir Putin, que ao que tudo indica deve assiná-lo.

O líder russo solicitou a mudança para “espelhar” a posição dos Estados Unidos, que assinaram o CTBT em 1996, mas nunca o ratificaram. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse que seu país não está preparado para retomar a discussão de questões nucleares com os americanos, a menos que Washington abandone sua política “hostil”.

Embora nunca tenha entrado formalmente em vigor, o CTBT tornou os testes nucleares um tabu na comunidade internacional. Neste século, só a Coreia do Norte realizou um teste envolvendo uma arma atômica.

A Rússia alegou que não tem o objetivo de retomar testes nucleares a menos que Washington o faça primeiro. “Como disse o nosso presidente, devemos estar em alerta, e se os Estados Unidos avançarem para o início dos testes nucleares, teremos que responder aqui da mesma forma”, disse Ryabkov aos legisladores russos.

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Analistas acreditam que qualquer movimento neste sentido poderia desencadear uma nova corrida armamentista global, aumentando o nível de preocupação em um momento de intensos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio.

No mês passado, a emissora de televisão americana CNN publicou imagens de satélite mostrando que a Rússia, os Estados Unidos e a China expandiram os seus locais de testes nucleares nos últimos anos. Além disso, o Departamento de Energia americano disse que conduziu uma explosão química em Nevada “para melhorar a capacidade dos Estados Unidos de detectar explosões nucleares de baixo rendimento em todo o mundo”.

A Rússia afirma que as suas estações de monitoramento vão continuar fornecendo dados à rede global que detecta explosões nucleares, mas a ausência de diálogo com os Estados Unidos coloca em risco o destino do tratado New START, que limita o número de ogivas estratégicas que ambos os países podem produzir.

Moscou suspendeu temporariamente o pacto neste ano, sendo que ele expira em 2026, apagando qualquer acordo bilateral com Washington sobre armas nucleares.

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