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Rússia absorve mercenários do Grupo Wagner no ‘exército privado’ de Putin

Ex-combatentes farão parte da guarda nacional russa, a Rosgvardia; medida ocorre após milícia ser desmantelada devido a uma rebelião fracassada

Por Da Redação
1 fev 2024, 09h36

O Ministério da Defesa do Reino Unido comunicou nesta quinta-feira, dia 1º, que a guarda nacional russa, uma força também conhecida como o “exército privado” do presidente Vladimir Putin, vai incorporar três antigos destacamentos do Grupo Wagner, a milícia que foi responsável por vencer diversas batalhas na Ucrânia, mas foi desmantelada após seus membros realizarem uma tentativa de golpe contra o Kremlin.

Em uma atualização diária de inteligência publicada no X, antigo Twitter o Ministério da Defesa britânico disse que o presidente russo, Vladimir Putin, assinou uma lei em 25 de dezembro do ano passado, autorizando a guarda nacional russa a formar as suas próprias formações de voluntários usando os mercenários do Grupo Wagner.

Análise da inteligência britânica

“A Guarda Russa provavelmente enviará os seus novos destacamentos de voluntários para a Ucrânia e África. A Guarda Russa está alegadamente oferecendo aos voluntários contratos de seis meses para serviços na Ucrânia e contratos de nove meses para serviços na África”, disse a Defesa britânica.

Antes de ser desmantelada, a rede de mercenários já tinha atuação confirmada em pelo menos dez países, incluindo diversas nações africanas, além de Síria e Venezuela.

A avaliação também indica que a incorporação de antigos destacamentos de assalto do Grupo Wagner no corpo de voluntários da Guarda Russa indica “muito provavelmente” que a milícia foi subordinada “com sucesso” às forças regulares do país, “aumentando o comando e controle do Estado russo sobre o Grupo Wagner.

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“Exército privado” de Putin

A guarda russa, um braço separado das Forças Armadas, é frequentemente referida como o “exército privado” de Putin.

O chefe do Kremlin criou a Rosgvardia em 2016 com a missão declarada de proteger as fronteiras da Rússia, encarregar-se do controle de armas, combater o terrorismo e o crime organizado, manter a ordem e proteger importantes instalações estatais. No entanto, analistas afirmam que a força serve para controlar conflitos civis e dissidentes, não só a nível interno, mas também no estrangeiro. Um levantamento feito em 2018 revelou que a guarda conta com aproximadamente 340 mil militares em 84 unidades em todo o país.

Grupo Wagner

Em junho do ano passado, o líder e financiador do Grupo Wagner, o empresário multimilionário Yevgeny Prigozhin, liderou uma rebelião contra Putin e ordenou que seus mercenários abandonassem os postos, acusando o presidente russo de mentir sobre as justificativas para a invasão da Ucrânia e mascarar os números verdadeiros de militares mortos e feridos em conflitos.

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Após rápidos avanços em direção a Moscou, o motim foi dissolvido por um acordo com o governo russo e Prigozhin foi enviado a Belarus, onde foi recebido pelo ditador Alexander Lukashenko. Os soldados do Grupo Wagner que não participaram da revolta foram dispensados, exilados ou contratados diretamente pelas Forças Armadas russas.

+ Quem é Yevgeny Prigozhin, ‘chef de Putin’ e líder do Grupo Wagner

A desestruturação da força paramilitar se intensificou quando, exatos dois meses depois do motim, Prigozhin supostamente morreu na queda de um avião na região russa de Tver, a noroeste de Moscou. O incidente ainda está sendo investigado por autoridades do Kremlin, mas agências de inteligência estrangeiras suspeitam que tenha sido obra de Putin – conhecido por se vingar de seus inimigos.

Em agosto passado, o presidente da Rússia assinou um decreto que obriga todos os voluntários e colaboradores das Forças Armadas a jurar lealdade à Federação Russa, afetando principalmente o Grupo Wagner. O objetivo é que todos os mercenários se juntem às forças regulares do país.

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