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Roma celebra a beatificação de João Paulo II

Esquema especial de segurança foi montado para o evento, do qual participaram dezesseis chefes de Estado, além de representantes de 86 delegações estrangeiras

Por Da Redação
1 Maio 2011, 09h20

Mais de um milhão de pessoas invadiram Roma para assistir neste domingo, na Praça São Pedro, à cerimônia de beatificação de João Paulo II, que morreu há seis anos. A capital italiana se transformou para a ocasião, com centenas de cartazes em ônibus, ruas, praças e edifícios públicos com a inscrição “Beatus!” acompanhada da foto do pontífice polonês. Até os bilhetes de metrô e ônibus trazem o rosto do ex-papa.

Por questões de segurança, apenas 100.000 pessoas estiveram na Praça São Pedro, onde ocorreu a cerimônia. Dividido em nove áreas, o local estava pronto para a beatificação desde quarta-feira. Muitos aplausos e gritos de “santo subito” (“santo já”), como no dia do funeral de João Paulo II, foram ouvidos.

Os números da beatificação

Curiosidades da celebração no Vaticano

  1. 100.000 poloneses na plateia
  2. • Delegações oficiais de 87 países
  3. 100 cardeais na celebração
  4. 500 bispos
  5. • Coral com 710 membros
  6. • Decoração com 25.000 rosas
  7. 3.500 voluntários
  8. 1 mihão de garrafas d’água vendidas
  9. 400 banheiros químicos

Ao pronunciar a frase em latim que elevou o antecessor, com o qual colaborou durante 23 anos, à glória dos altares, Bento XVI usava a casula e a mitra de João Paulo II: “Concedemos que o venerado Servo de Deus João Paulo II, Papa, seja de agora em diante chamado beato”, proclamou ele. Bento XVI também usou o cálice que João Paulo II utilizou nos últimos anos.

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João Paulo II – A beatificação do papa polonês, que faleceu no dia 2 de abril de 2005, aos 84 anos, é o passo anterior à canonização e é realizada em tempo recorde, inferior aos cinco anos normalmente necessários para iniciar o processo. O novo beato, que está entre os papas que mais tempo ocuparam o trono de Pedro, transformou a face da Igreja em quase 27 anos de pontificado.

Em sua homilia, Bento XVI – primeiro pontífice em vários séculos a proclamar beato seu antecessor – afirmou que João Paulo II “abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e econômicos, invertendo com a força de um gigante, força que vinha de Deus, uma tendência que podia parecer irreversível”, afirmou o Papa. “Ele ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de serem chamados de cristãos, de pertencer à Igreja, de falar do Evangelho.”

Bento XVI também recordou que o papa polonês confrontou o marxismo de um ponto de vista cristão e foi uma voz importante na resistência ao comunismo. “Aquela carga de esperança que de certa maneira se deu ao marxismo e à ideologia do progresso, ele a reivindicou legitimamente para o cristianismo, restituindo a fisionomia autêntica da esperança”, disse.

Cerimônia – As autoridades de Roma adotaram um esquema especial de segurança para o evento, do qual participaram dezesseis chefes de Estado, além de representantes de 86 delegações estrangeiras. Na lista de personalidades estão vários príncipes e reis, como os monarcas da Bélgica, Alberto e Paola, e os príncipes da Espanha, Letizia e Felipe.

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O caixão de João Paulo II foi levado na última sexta-feira de sua sepultura nas grutas do Vaticano para a tumba de São Pedro, a poucos metros, para passar o domingo na nave principal da basílica vaticana, exposto durante a beatificação e para veneração dos fiéis. Segundo a Santa Sé, as portas da basílica ficarão abertas “até o último fiel”. Na segunda-feira à noite, o caixão será colocado definitivamente na capela de São Sebastião, ao lado da onde está localizada a célebre estátua Pietà de Michelangelo, na ala direita da Basílica de São Pedro.

O culto litúrgico do novo beato será celebrado no dia 22 de outubro de cada ano, no aniversário do começo do pontificado de João Paulo II, em 1978. Para chegar à beatificação, foi suficiente provar que intercedeu na cura inexplicável para a ciência humana da freira francesa Marie Simon-Pierre, que sofria do Mal de Parkinson, o mesmo que devastou sua saúde. A freira, de 50 anos, enfermeira de profissão, assistirá à cerimônia.

Para que João Paulo II seja canonizado, será preciso provar que, segundo as regras da Igreja, ele intercedeu em um novo milagre. Milhares de pessoas enviaram a um site do Vaticano testemunhos de milagres alcançados por meio de orações, pedidos e invocações ao papa polonês. No total, 270 casos foram selecionados para serem estudados.

(Com agência France-Presse)

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