Washington, 19 jan (EFE).- O governador do Texas, Rick Perry, confirmou nesta quinta-feira que se retira da disputa pela corrida presidencial do Partido Republicano nos Estados Unidos e, a partir de agora, apoia a candidatura de Newt Gingrich, ex-presidente da Câmara de Representantes.
‘Estou suspendendo minha campanha e apoiando Newt Gingrich para que seja presidente dos Estados Unidos’, disse Perry em discurso à imprensa na Carolina do Sul, onde no sábado será realizada a terceira etapa das primárias republicanas.
‘Não há um caminho viável para mim nesta campanha’, admitiu Perry, que discursou acompanhado de sua mulher, Anita, e de seu filho.
Apesar da boa largada na corrida eleitora e da elevada arrecadação de recursos, Perry foi penalizado por seus decepcionantes discursos nos debates televisivos diante de seus rivais.
Nos caucus (assembleias populares) de Iowa, que abriram o processo de primárias, Perry obteve um fraco resultado e decidiu não participar das de New Hampshire para se concentrar na Carolina do Sul, onde as pesquisas o apontavam em último lugar.
‘Sei quando é o momento de uma retirada estratégica’, reconheceu Perry antes de anunciar seu apoio a Gingrich, a quem definiu como um ‘conservador visionário’ que pode ‘transformar’ o país.
Ele lembrou que decidiu entrar na luta pela candidatura presidencial aprovado por sua experiência como governador do Texas e por seu ‘recorde’ na criação de empregos nesse estado.
Pouco depois do discurso de Perry, Gingrich anunciou estar ‘honrado’ pelo apoio do governador.
As últimas pesquisas refletem que o ex-presidente da Câmara de Representantes está cortando distâncias com o ex-governador Mitt Romney, favorito para ganhar na Carolina do Sul.
Duas pesquisas das emissoras ‘NBC’ e ‘CNN’ divulgadas nas últimas horas indicam Romney com vantagem de 10 pontos sobre Gingrich, frente aos quase 20 pontos que os separavam dias atrás.
O apoio de Perry pode ser crucial para Gingrich, depois que a ex-candidata à Vice-Presidência Sarah Palin, uma das líderes do movimento conservador Tea Party, disse na terça-feira passada que, se fosse residente da Carolina do Sul, votaria nele. EFE