Restos mortais de vítimas de Pearl Harbor são exumados para identificação
As novas tecnologias de exames forenses permitem que os EUA identifiquem os soldados sepultados como 'desconhecidos'
Restos mortais de membros não identificados das Forças Armadas dos Estados Unidos mortos no naufrágio da embarcação militar USS Oklahoma durante o ataque do Japão a Pearl Harbor, na II Guerra Mundial, foram exumados no Havaí, em uma tentativa de identificá-los, informou nesta terça-feira o Departamento de Defesa.
Cinco caixões envoltos em bandeiras americanas contendo os restos mortais de marinheiros e fuzileiros navais que morreram no ataque de 7 de dezembro de 1941 foram transferidos de um cemitério para um laboratório, onde serão analisados com métodos forenses modernos, incluindo o teste de DNA. Os restos estavam entre os de 388 militares que morreram no ataque e foram enterrados como desconhecidos. O Pentágono quer identificar todos eles nos próximos anos. O novo esforço prevê a remoção dos restos de 61 caixões em 45 túmulos.
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“Os recentes avanços na ciência forense e na tecnologia, bem como a assistência familiar no fornecimento de informação genealógica, já tornaram possível fazer identificações individuais de muitos militares mortos no USS Oklahoma e enterrados como ‘desconhecidos'”, disse o Departamento de Defesa em um comunicado.
Os restos de fuzileiros navais e marinheiros que forem identificados serão devolvidos a suas famílias para enterro com honras militares, informou o Pentágono. Houve uma série de esforços de identificação nas décadas seguintes ao ataque surpresa em Pearl Harbor, que causou 2.403 mortes e levou os Estados Unidos a entrarem na II Guerra Mundial. O navio Oklahoma afundou ao ser atingido por torpedos da Marinha japonesa. Um total de 429 marinheiros e fuzileiros navais morreu no ataque.
(Com agência Reuters)