Mesmo com 13.654 casos de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, e 173 mortes, milhares de israelenses foram às ruas do país no domingo 19 para protestar contra o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção e quebra de confiança.
Mais de 2.000 pessoas atenderam ao chamado do movimento “Bandeiras Negras” feito em uma rede social. Reunidos na praça Yitzhak, em Tel Aviv, os manifestantes vestiam roupas pretas e máscaras protetoras, além de manterem uma distância de dois metros entre si como medida protetiva contra o contágio de coronavírus, sob a justificativa de “salvar a democracia”.
Ali reunidos, os manifestantes queriam expressar sua rejeição ao diálogo em andamento entre Benny Gantz, líder do partido Azul e Branco, e Netanyahu, líder do conservador Likud. “Deixe a democracia vencer”, estava escrito numa das faixas, enquanto outros cartazes exibiam “Ministro do Crime”. Gantz e Netanhyahu, por´´m, alcançaram um acordo nesta segunda-feira, 20, para formar um novo governo.
“A corrupção não é combatida por dentro. Se você está dentro, você faz parte disso”, declarou o deputado Yair Lapid, líder do partido Yesh Atid, da oposição, contra seu ex-aliado Benny Gantz. “As democracias morrem por dentro porque as pessoas boas se calam e as pessoas fracas se rendem”, acrescentou, denunciando as supostas manobras de Netanyahu para permanecer no poder. “Estamos aqui para dizer que nunca desistiremos”, acrescentou.
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Clique e Assine(Com AFP)