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Rebeldes dão 48 horas para regime aplicar plano de paz

Ultimato de oposição síria exige que forças de Assad cessem ataques no país

Por Da Redação
30 Maio 2012, 15h38

O grupo rebelde Exército Livre Sírio (ELS) deu nesta quarta-feira um ultimato de 48 horas ao regime de Damasco para realizar o cessar-fogo e ameaçou que se não for cumprido, deixará de respeitar os pontos estipulados no plano de paz do mediador internacional, Kofi Annan.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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Em comunicado do Comando Misto do ELS no interior da Síria, os rebeldes exigiram que neste prazo, concluído na próxima sexta-feira às 12h hora locais (6h de Brasília), as forças leais ao presidente sírio, Bashar Assad, cessem toda forma de violência.

Os rebeldes pediram ainda a retirada do armamento pesado das cidades, o envio de ajuda humanitária, a libertação dos presos políticos e a entrada dos meios de comunicação no país, como estabelecido pelo plano de Annan.

“Não há nenhuma justificativa para continuar respeitando unilateralmente a trégua, já que Assad a sepultou com massacres”, afirmou o porta-voz do ELS no interior da Síria, o coronel Qasem Saadedin.

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Razões – Saadedin cita como razões o recente massacre de Hula, no qual morreram mais de 100 pessoas, as violações do regime aos direitos humanos e às resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

“O regime é a única fonte de terrorismo e de violência, que por sua vez gera organizações terroristas. É nosso dever defender e proteger os civis”, disse o coronel.

O ELS considerou que a defesa dos civis não contradiz a legislação internacional e afirmou que o grupo é “o pilar da mudança civil e democrático e o fiador da unidade e a segurança do Estado após a queda do regime”.

Rússia – A oposição síria acusou nesta quarta-feira a Rússia de incentivar o regime de Bashar Assad a cometer “crimes selvagens”. A declaração veio em resposta às críticas de Moscou contra as sanções diplomáticas dos países ocidentais para protestar contra o aumento da violência na Síria.

A Rússia lamentou as sanções, que considerou “contraprodutivas”, e afirmou que “os canais importantes de influência sobre o governo sírio (…) estão agora fechados”.

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O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal grupo opositor, criticou a estratégia de Moscou, que considera uma forma de “incitar” o regime “a cometer crimes selvagens” e pediu uma resolução da ONU autorizando o uso de força. “Um acordo internacional para a saída de Assad é o único meio de salvar o plano de (Kofi) Annan (o mediador internacional) e de encontrar uma solução política. Caso contrário, a situação poderá ameaçar toda a região”, disse o CNS.

Moscou foi muito criticada nos últimos meses por ter impedido a adoção de medidas para condenar Damasco no Conselho de Segurança da ONU. O presidente francês, François Hollande, que na sexta-feira recebe o russo Vladimir Putin, disse que seu objetivo é gerar uma mudança na posição russa.

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(Com agências EFE e AFP)

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