Rebekah Brooks teria dado celular grampeado à mãe de garota assassinada
Sara está devastada com a notícia. Sua relação com tabloide era a melhor possível, já que, na época do crime, o veículo apoiou a investigação
A situação de Rebekah Brooks, ex-editora do News of the World, se complicou ainda mais no caso das escutas ilegais feitas pelo tabloide. Segundo o jornal The Guardian, nesta quinta-feira, a Scotland Yard informou a mãe de Sarah (garota sequestrada e assassinada aos 8 anos de idade em 2000) que o celular que ela ganhou de Rebekah era, na verdade, um aparelho grampeado
O número de telefone de Sara Payne estava na lista do detetive particular Glenn Mulcaire, que era frequentemente contratado pelo News of The World para espionar celebridades, políticos e vítimas de crimes. Mulcaire foi preso e condenado por realizar escutas ilegais a pedido do jornal.
O diário britânico informa que Sara está devastada com a notícia. Sua relação com tabloide era a melhor possível. Na época do crime, o veículo apoiou a investigação do desaparecimento, além de lançar uma campanha para aprovar a Lei de Sarah, que obrigaria o governo a criar um registro de todas as pessoas com histórico de violência sexual. Sara chegou até mesmo a escrever uma nota de agradecimento na última edição do News of The World, em que chama os jornalistas de “meus bons e fieis amigos”.
BSkyB – James Murdoch, outro protagonista do escândalo, por sua vez, recebeu boas notícias nesta quinta. Ele continuará sendo presidente da plataforma de televisão por satélite britânica BSkyB, apesar do escândalo das escutas que sacode o News Corp., dono de tabloide News of The World. “O papel do presidente foi discutido amplamente nesta quinta e recebeu o apoio unânime do conselho de administração”, afirmou uma fonte da empresa.
(Com agência France-Presse)