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Rainha britânica está ‘horrorizada’ diante possibilidade de independência da Escócia

Oficialmente a monarca é neutra em relação ao plebiscito, mas segundo fontes ela teme a separação. Primeiro-ministro e governo trabalham pela união

Por Da Redação
9 set 2014, 08h30
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  • A rainha Elizabeth II disse estar “horrorizada” com a perspectiva de independência da Escócia do Reino Unido, revelam nesta terça-feira jornais britânicos, citando comentários feitos por uma fonte ligada à realeza que não quis se identificar. Oficialmente, a monarca é considerada neutra no debate e até agora a Família Real britânica não se manifestou para não influenciar o direito dos cidadãos escoceses de escolherem seu futuro como nação. O primeiro-ministro, David Cameron também se preocupa com a possibilidade da Escócia deixar o Reino Unido e disse no Parlamento que “a decisão patriótica seria votar em uma Escócia dentro do Reino Unido”.

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    “Nada mais importa na política britânica do que salvar a União”, foi o título nesta segunda-feira de uma análise no jornal The Guardian. O escocês Alistair Darling, líder da campanha unionista e ministro das Finanças do último governo trabalhista, pediu o esforço dos partidários favoráveis à permanência da Escócia no Reino Unido, que foram menos atuantes do que os independentistas. A possibilidade de a Escócia se tornar independente tem gerado especulações sobre o futuro político de Cameron. Gordon Brown acusou o governo conservador de “ter dado asas aos independentistas”.

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    Com o apoio do governo, os partidos britânicos lançaram nesta segunda uma ofensiva sobre a Escócia para evitar que o país se torne independente. Desde que o referendo foi convocado, em 2012, os partidários da independência eram minoria, mas eles vêm ganhando força na reta final da campanha, segundo as pesquisas. Faltando nove dias para o referendo sobre a independência da Escócia, as campanhas pró e contra estão disputando palmo a palmo o apoio dos eleitores, mas uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo instituto TNS mostrou um aumento no apoio à separação.

    Outra pesquisa publicada no domingo pelo jornal Sunday Times posicionava pela primeira vez o campo pró-independência na frente. Já que o voto no plebiscito não é obrigatório, a escolha está totalmente em aberto, pois muitas pessoas que se declaram favoráveis ou contra a independência simplesmente podem não comparecer para votar, no dia 18. Cerca de 4,2 milhões de eleitores poderão responder à pergunta “A Escócia deve ser um país independente? Sim ou Não”.

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    O ministro das Finanças britânico, o conservador George Osborne, imediatamente prometeu que, caso os escoceses votem “não”, novas competências serão concedidas ao governo regional. Um plano político deve ser divulgado até esta quarta com o apoio dos três grandes partidos britânicos – Conservador, Trabalhista e Liberal. Os independentistas classificam a decisão como um “suborno de última hora”, segundo Alex Salmond, chefe do governo regional da Escócia e líder Partido Nacional Escocês (SNP, na sigla em inglês). “Depois de não conseguir assustar os escoceses, a próxima etapa é claramente tentar nos comprar”, disse Salmond, que ao longo da campanha denunciou a estratégia de Londres de aterrorizar os eleitores com as consequências negativas que a independência pode trazer.

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    Regulação financeira – O órgão regulador do mercado financeiro da Grã-Bretanha (FCA, na sigla em inglês) informou nesta terça que elaborou um “planejamento básico de contingência”, para o caso de os escoceses votarem este mês pela independência da Escócia do Reino Unido. Se isto acontecer, os parlamentares em Edimburgo terão de decidir o mercado financeiro escocês será regulado, disse o presidente da Autoridade da Conduta Financeira, John Griffith-Jones.

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    Os planos da FCA incluem um projeto de comunicação para informar tanto o mercado quanto os consumidores sobre os impactos e alterações de uma eventual saída da Escócia do Reino Unido. “É preciso certificar de que as linhas telefônicas de nosso atendimento estejam devidamente operando para quando as pessoas ligarem”. Griffith-Jones não revelou as mudanças técnicas que a regulação do mercado financeiro teria de fazer para se adaptar à nova realidade, mas admitiu que isso “vai ser muito complicado”.

    (Com agências Reuters e France-Presse)

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