A Coreia do Norte vem sendo governada pela família Kim desde 1948, sob um sistema de partido único – o Partido dos Trabalhadores da Coreia.
O governante atual é Kim Jong-Un, que assumiu o lugar de seu pai, Kim Jong-Il, após sua morte em 2011.
Apesar de existir uma Constituição na Coreia do Norte, ela não impõe nenhum limite ao poder do governante e também não estabelece nenhum tipo de sistema capaz de barrar o poder do Executivo.
Existe também uma Assembleia no país, conhecida como Assembleia Popular Suprema (APS), mas que também não exerce nenhum poder legislativo.
Desse modo, Kim Jong-Un, conhecido como “Líder Supremo”, concentra a maioria do poder político do país.
Entretanto, outras vozes dentro da elite militar e da elite do Partido dos Trabalhadores Coreanos também têm influência na política interna da Coreia do Norte.
“Kim Jong-Un tem outros interesses que precisa satisfazer dentro dos militares, dentro do partido comunista, e dentro das conexões familiares. Mas ele não é um fantoche, e tem tremenda autoridade dentro da Coreia do Norte. Existe um pequeno Politburo [comitê central], mas o verdadeiro poder vem através de conexões diretas com o líder: amigos de seu pai e de seu avô ainda têm poder, por exemplo”, diz Charles Armstrong, diretor do Centro de Estudos Coreanos da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.
Dentro da elite do Partido Comunista do país, quem tem mais influência são aqueles que são mais próximos do Líder Supremo. Entretanto, mesmo Kim Jong-Un governando centralmente a Coreia do Norte com punho de ferro, muitas decisões são tomadas a nível regional por conselhos e autoridades locais no dia-a-dia. Grandes decisões políticas, entretanto, são tomadas pelo Partido dos Trabalhadores – liderado em última instância por Kim Jong-un.
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