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‘Putin está disposto a acabar com a guerra na Ucrânia’, diz Erdogan

Apesar da fala de presidente turco, Moscou não deu nenhum sinal de que pretende aceitar exigências de Kiev para um cessar-fogo

Por Da Redação
Atualizado em 20 set 2022, 17h31 - Publicado em 20 set 2022, 17h31

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse nesta terça-feira, 20, que o presidente russo, Vladimir Putin, está buscando o fim da guerra na Ucrânia e que um “passo significativo” será dado nas próximas semanas. 

Em entrevista à emissora americana PBS, o líder turco disse ter tido a impressão de que Putin queria “acabar com isso o mais rápido possível” e disse que as coisas andam “bastante problemáticas” para a Rússia depois do sucesso da contra-ofensiva ucraniana.

+ Putin rejeitou acordo de paz com Kiev no início da guerra, diz agência

“Ele está realmente me mostrando que está disposto a acabar com isso o mais rápido possível. Essa foi a minha impressão, porque a maneira como as coisas estão indo agora é bastante problemática”, disse Erdogan, acrescentando que teve “discussões muito extensas” com Putin na última semana durante cúpula no Uzbequistão. 

O presidente turco disse ainda que 200 reféns serão trocados em breve entre os dois países, mas não deu detalhes de como isso irá acontecer. Desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, Erdogan assumiu uma postura de mediador entre a Rússia e o Ocidente, promovendo uma posição de equilíbrio para o seu país, que é membro da Otan, a principal aliança militar ocidental. 

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Foi graças a essa estratégia que a Turquia conseguiu ajudar na retomada das exportações de grãos da Ucrânia e, segundo o próprio chefe de Estado, ele está tentando organizar negociações diretas para um cessar-fogo.

No início deste mês, Erdogan acusou o Ocidente de adotar uma política de “provocação” em relação à Rússia e alertou que a guerra provavelmente não terminaria tão cedo. Já na semana passada, Putin disse que estava aberto a se encontrar pessoalmente com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mas que ele não queria. 

+ Rússia perde controle total de Luhansk após Ucrânia capturar vila

No entanto, o Kremlin não deu até agora nenhum sinal de que está disposto a aceitar as exigências de Kiev de retirar totalmente suas tropas do país, inclusive da Crimeia, anexada em 2014. 

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Ao invés disso, Putin deu repetidos sinais de que tinha como um dos objetivos principais da guerra anexar de maneira definitiva as repúblicas separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano. 

Nesta terça, as autoridades que controlam as regiões pró-Rússia na Ucrânia anunciaram um referendo para decidir a incorporação de seus territórios à nação russa. Além de Donetsk e Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson também se juntaram ao plano de anexação a Moscou, após contra-ofensiva da Ucrânia retomar regiões do país.

Por fim, Erdogan disse que a Rússia não deve ter permissão para manter qualquer território tomado e que essa possibilidade não deve estar incluída em um eventual acordo de paz, completando que “as terras que foram invadidas serão devolvidas à Ucrânia”.

+ Tropas ucranianas se concentram na desocupação russa de Donbas

Ao ser questionado sobre a Crimeia, o líder turco disse que vem conversando com Putin sobre devolver a península aos seus “legítimos proprietários”, mas nenhum progresso foi feito até o momento.  

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