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Putin condena plano do Reino Unido para enviar urânio empobrecido a Kiev

Governo britânico passa a fornecer munições de urânio, capazes de perfurar tanques e armaduras. Apesar de não ser uma bomba, ainda tem radioatividade

Por Da Redação
21 mar 2023, 15h30

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, condenou nesta terça-feira, 21, os planos do Reino Unido para fornecer munições equipadas com urânio empobrecido para tanques da Ucrânia. Segundo ele, os militares russos vão ser forçados a “responder de acordo”.

“Se tudo isso acontecer, a Rússia terá que responder de acordo, dado que o Ocidente coletivamente já está começando a usar armas com componente nuclear”, disse Putin após a sua reunião com o líder chinês, Xi Jinping, em Moscou.

Apesar do presidente não ter entrado em detalhes, políticos e comentaristas russos já fizeram diversos comentários afirmando que, caso necessário, Moscou poderia utilizar o seu arsenal nuclear na guerra na Ucrânia. O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse que a decisão britânica torna uma “colisão nuclear” entre a Rússia e o Ocidente cada vez mais próxima.

“Outro passo foi dado e restam cada vez menos”, disse Shoigu. “Naturalmente, a Rússia tem algo para responder a isso.”

+ Putin e Xi discutem plano de paz chinês para guerra na Ucrânia

O Reino Unido confirmou que vai enviar munições perfurantes que contêm urânio empobrecido para os aliados ucranianos. Na segunda-feira 20, a ministra da Defesa britânica, Baronesa Annabel Goldie, afirmou que “essas munições são altamente eficazes para derrotar tanques modernos e veículos blindados”.

Anteriormente, um representante do Kremlin já havia alertado que a Rússia considerava o uso de urânio empobrecido na Ucrânia como uma “bomba suja” – uma arma que combina material radioativo com explosivos convencionais.

“Se Kiev receber tais projéteis para equipamentos militares pesados da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], consideraremos isso como o uso de bombas nucleares sujas contra a Rússia com todas as consequências resultantes”, disse Konstantin Gavrilov, oficial do Kremlin.

Devido à sua densidade e propriedades físicas, o urânio empobrecido facilita a penetração das munições em blindados. Porém, o uso da substância também aumenta o risco de câncer e doenças congênitas para quem entra em contato com seus vestígios.

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+ Ucrânia diz ter destruído mísseis russos na Crimeia

Cientistas acreditam que os efeitos das munições radioativas podem ser sentidos muito depois dos conflitos. Parte do urânio empobrecido pode ficar armazenado na poeira e entrar no corpo humano pela respiração, indo diretamente para o pulmão ou outros órgãos vitais.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, classificou a situação como “cenário da Iugoslávia”, afirmando que a munição causa câncer e infecta o meio ambiente.

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