PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Continua após publicidade

Putin ainda espera se vingar pelo motim do grupo Wagner, diz chefe da CIA

O acordo entre o Kremlin e o líder mercenário Yevgeny Prighozin foi firmado para Putin ganhar tempo, avalia William Burns

Por Da Redação
Atualizado em 21 jul 2023, 09h47 - Publicado em 21 jul 2023, 08h47

O chefe da CIA, William Burns, disse na noite de quinta-feira 20 que o presidente russo, Vladimir Putin, ainda está planeja como se vingar de Yevgeny Prighozin, o líder do grupo Wagner, um exército privado russo, que realizou uma revolta fracassada contra o Kremlin. Segundo a autoridade de inteligência americana, um acordo firmado entre o mercenário e o governo russo serve para Putin ganhar tempo.

No Fórum de Segurança de Aspen, Burns afirmou que o motim expôs fraquezas significativas no sistema de poder que o presidente da Rússia construiu, e por isso ele ainda pode buscar retaliação contra Prigozhin.

“O que estamos vendo é uma dança muito complicada”, avaliou o chefe da CIA.

+ Mercenários do grupo Wagner participam de treinamento militar em Belarus

Segundo o acordo entre o exército mercenário e o Kremlin, Prigozhin deveria partir em exílio para Belarus. No entanto, após uma passagem por Minsk, capital bielorrussa, ele também foi avistado em São Petersburgo e outras cidades russas.

Burns analisou que a aparente impunidade não deve durar muito. “É provável que Putin esteja tentando ganhar tempo enquanto pensa na melhor forma de lidar com o líder do grupo Wagner”, acrescentou.

Continua após a publicidade

Como o exército mercenário ainda tem muito valor para o governo da Rússia em lugares como Sudão, Líbia e Síria, Putin pode tentar separar o grupo de seu líder. Quando conseguir, disse Burns, o líder do Kremlin deve se vingar.

+ Líder mercenário aparece pela primeira vez desde motim na Rússia

“Putin pensa que a vingança é um prato que se come frio”, afirmou o chefe da CIA. “Na minha experiência, Putin é o apóstolo definitivo da vingança, então ficaria surpreso se Prigozhin escapasse de retaliações.”

No início deste mês, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sugeriu que havia o risco de o chefe do grupo Wagner ser envenenado.

Continua após a publicidade

“Se eu fosse ele, teria cuidado com o que como. Ficaria de olho no meu cardápio”, brincou o líder americano.

O diretor da CIA ecoou a frase, dizendo: “Se eu fosse Prigozhin, não demitiria meu provador de comida.”

+ Ucrânia aposta em ‘drones navais’ como nova arma contra a Rússia

Burns afirmou que sua agência de inteligência tinha conhecimento prévio do motim, confirmando ainda relatos de que Sergei Surovikin, um general russo de alta patente que supostamente também sabia sobre a revolta, não tem “liberdade de movimento”.

Continua após a publicidade

O motim mercenário foi o golpe mais direto a Putin em seus 23 anos no poder. O líder do grupo Wagner, inclusive, questionou diretamente a justificativa do Kremlin para a guerra na Ucrânia, dizendo que ela foi construída com mentiras.

+ A misteriosa ‘milícia’ russa que ganhou fama em meio à guerra na Ucrânia

Burns disse que a situação fez com que a população russa ficasse em dúvida “se o imperador estava sem roupas, ou por que está demorando tanto para se vestir”, em referência ao presidente russo.

Prigozhin, antes um acólito, é apelidado de “chef de Putin”, pois ganhou destaque depois de fornecer serviços de bufê a Putin e ao exército antes de fundar o grupo Wagner.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.